Repórter / [email protected]
Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 20:14
A casa ainda guarda os sinais de um Natal que não vai acontecer. No quarto das meninas, o ursinho de pelúcia permanece sobre a cama. Na sala, a árvore de Natal está montada. Mas a família de Denis Carlos Rolim, de 43 anos, vive agora o luto após a morte dele, da esposa e das duas filhas do casal, em um grave acidente na BR 101, na madrugada desta quarta-feira (24), em Jaguaré.>
João Carlos da Silva
Tio de DenisDenis, a esposa Valdenice Alves de Oliveira, de 39 anos, e as filhas Débora Vitória, de 10, e Sara Cristina, de 7, saíram de Cariacica na noite de terça-feira (23) com destino à Bahia, onde passariam o Natal com parentes. A viagem foi interrompida na madrugada, após o carro da família ser atingido por uma caminhonete em alta velocidade, segundo a PRF.>
A mãe de Denis, Maria Aparecida de Oliveira Rolim, contou como recebeu a notícia da tragédia. “Foi uma notícia pela manhã. Perguntei: ‘Aconteceu alguma coisa, minha filha?’. Ela disse: ‘Aconteceu, mãe. Denis morreu, levou a família toda’”, relatou em entrevista à TV Gazeta.>
Abalada, ela descreveu o choque ao saber que perderia o filho, a nora e as duas netas. >
>
Maria Aparecida de Oliveira Rolim
Mãe de Denis
As malas e mochilas com os pertences da família ficaram espalhadas às margens da BR 101, em Jaguaré, após o acidente. O motorista da caminhonete fugiu do local sem prestar socorro, e segue sendo procurado.>
O velório da família acontece durante a noite e a madrugada, entre quarta e quinta (25), em uma igreja no bairro Porto Belo, em Cariacica. Os corpos foram levados de Linhares para a Grande Vitória.>
Em meio à dor, o tio lembrou da relação próxima com o sobrinho. “Eu fui tio e praticamente um pai para ele. A gente cresceu junto, era como um filho pra mim”, afirmou.>
Valdenice cursava pedagogia, e Denis atuava como advogado. A mãe contou que o filho era apaixonado pela profissão. “Se ele pegasse uma causa, ele dava atenção até o fim. Era um menino muito certo com as coisas dele”, disse.>
Religioso, Denis mantinha conversas frequentes sobre fé com a família. A última troca de mensagens com o tio foi uma oração. “Todo dia a gente falava de fé. Eu mandei uma oração, e ele respondeu com uma mensagem de coragem. Tá doendo demais. A família toda tá sofrendo demais”, desabafou João Carlos.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta