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Paróquia em Jardim Camburi terá sino eletrônico para avisar sobre missas

Paróquia em Jardim Camburi terá sino eletrônico para avisar sobre missas

Inauguração deve ocorrer até dezembro, quando está previsto o fim da reforma na Paróquia Sagrada Família, localizada na área central do bairro de Vitória; instalação gera debate sobre som das badaladas

Publicado em 20 de outubro de 2023 às 12:08

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Parte externa da obra, com imagem da torre onde será instalada o sino. (Laísa Menezes)

Em cidades pequenas, as igrejas católicas têm o costume de tocar o sino. Seja para avisar sobre a missa ou uma solenidade, seja para marcar a hora, o som da badalada está no dia a dia do lugar. Mas quando isso acontece em uma cidade maior, como Vitória, qual é a reação da comunidade? A Paróquia Sagrada Família, em Jardim Camburi, está passando por uma reforma e uma das novidades é justamente a implantação do sino eletrônico, o que tem gerado debate entre moradores do bairro mais populoso da Capital.

Ao todo, a torre da igreja terá três sinos eletrônicos. Todos serão controlados pelo celular, sem que haja a necessidade de um sineiro no local.

Além de imitar fielmente o som dos tradicionais sinos de bronze, o modelo escolhido também permite a transmissão de músicas e mensagens, como se fosse uma caixa de som. A data e a hora do toque poderão ser programadas com antecedência pela equipe responsável.

A paróquia ainda não informou os horários certos das badaladas: “O provável é que o sino toque para avisar das celebrações e das missas, mas ainda não está certo”, comenta o padre Adenilson Antonio Schmidt, pároco da igreja.

A inauguração do sino também não tem data definida, mas deve acontecer junto ao fim da obra na igreja, previsto para dezembro deste ano.

Interior da obra na Igreja Matriz
Parte interna da obra na igreja matriz de Jardim Camburi. (Acervo Público de Rede Social)

Comunidade dividida

Apesar de a obra continuar em andamento, a instalação dos sinos divide opiniões. Alguns moradores do bairro apoiam a sonorização, mas outros estão apreensivos, com medo de o barulho incomodar.

"É um bairro urbano, com muitos habitantes, não tem necessidade de mais barulho", comenta a universitária Ana Paula Martins.

As principais preocupações são os horários e o número de vezes que o sino vai tocar. “Não tem problema se tocar duas vezes ao dia, mas, se tocar muitas vezes, atrapalha”, comenta Valmira Martins, moradora e comerciante do local.

Já para o guarda municipal Ronison Alberti, que trabalha diariamente na Praça Mário Elias, em frente à igreja, os sons não serão problema. “Tem gente que gosta e tem gente que não gosta, eu não me incomodo. No meu bairro, o sino da igreja toca apenas no domingo de manhã, antes da missa, ou em caso de falecimento”, comenta.

Níveis sonoros

Só depois de começar a funcionar, é que a região vai realmente saber sobre o volume do sino. E, caso seja necessário, na Capital, o morador poderá acionar o serviço de Disque-Silêncio, pelo número 156, pelo site da prefeitura e pelo aplicativo Vitória Online.

A partir daí, agentes da Secretaria de Meio Ambiente (Semman) visitam o local indicado e medem o nível do barulho por meio de um aparelho chamado decibelímetro. Se o volume estiver acima dos limites permitidos, há multa.

Em áreas residenciais, a tolerância é de 50 decibéis, das 22h às 7h, ou 55 decibéis entre 7h e 22h. Já nas proximidades de zonas comerciais, são permitidos até 65 decibéis de dia e 55 à noite.

*Laísa Menezes é aluna do 26º Curso de Residência em Jornalismo. Este conteúdo teve orientação e edição da editora Mikaella Campos.

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