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Publicado em 20 de agosto de 2024 às 17:43
Ansiedade à espera de um medicamento. Esse é o sentimento relatado pelo cabeleireiro Saulo Júnior Lima. Em 2021, ele foi diagnosticado com urticária crônica espontânea, uma doença autoimune que provoca lesões vermelhas e com relevo na pele, além de muita coceira. >
Um dos remédios que ele precisa tomar deve ser aplicado mensalmente, é importado da Suíça e custa R$ 4 mil. Sem condições para pagar, em abril, ele solicitou o medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da farmácia cidadã. Porém, o pedido foi negado e ele segue aguardando uma nova resposta. >
A urticária de Saulo se enquadra como uma doença crônica porque dura mais de 6 semanas, além de ser espontânea por não ter nenhuma causa externa. Nesse caso, segundo os médicos, ela é considerada uma doença autoimune. >
“O nosso corpo produz anticorpos contra células do nosso próprio corpo e é isso que faz gerar essas urticárias”, explica a médica Roberta Roldi, especialista em Alergia e Imunologia. >
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A especialista também esclareceu que o tratamento mais acessível para a doença é apenas para aliviar os sintomas. Por esse motivo, atualmente, o cabeleireiro toma um remédio 4 vezes ao dia e passa cremes pelo corpo. “Os sintomas vão além da pele. Eu já precisei me ausentar do trabalho. Também é preciso fazer um isolamento como forma de cuidado”, disse Saulo em entrevista ao repórter Paulo Ricardo Sobral da TV Gazeta.>
Para os pacientes que não conseguem obter o controle da doença com os antiálergicos, a indicação é os medicamentos imunobiológicos, que bloqueiam a ação dos anticorpos de modo que eles não ataquem as células do organismo. O pedido de Saulo foi negado, segundo ele, por falta de exames. >
Procurada pela reportagem, a Gerência de Assistência Farmacêutica (GEAF) explicou que o medicamento solicitado por Saulo não é padronizado para a condição dele. As solicitações não padronizadas são analisadas pela Comissão Estadual de Farmacologia e Terapêutica. “O processo foi encaminhado à perícia médica do Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Vitória, que agendará a consulta de avaliação”, informou a pasta em nota enviada no mês de julho.>
Nesta semana, Saulo informou que passou por uma nova perícia médica na Santa Casa de Misericórdia, em Vitória. Enquanto espera uma resposta, ele segue sem a medicação. “Estou aguardando essa segunda chamada, para ver se eles aceitam. Espero que a resposta seja positiva” afirmou. >
*Com informações do repórter Paulo Ricardo Sobral da TV Gazeta.>
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