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Publicado em 17 de setembro de 2025 às 19:40
Há semanas, moradores próximos à regiãoo da Igreja São Francisco de Assis, em Jardim da Penha, cobram ações por parte do serviço social da Prefeitura de Vitória, em relação um grupo de pessoas em situação de rua, que permanece na calçada em frente a um laboratório clínico. >
Segundo relato de um dos moradores, que preferiu não se identificar, o grupo permanece no local principalmente à noite, onde pernoitam. Ainda de acordo com ele, os frequentadores do espaço urinam, defecam, fazem uso de bebidas alcoólicas e até mantém relações sexuais na via pública, o que tem gerado insegurança para quem precisa transitar pela região. Ele também afirmou que diversos chamados já foram feitos à Prefeitura de Vitória, mas, até o momento, não houve ação concreta.>
"Nos sentimos acuados porque acontece de tudo ali. Algumas pessoas são solidárias e trazem alimentos para eles, o que é um gesto humanitário, mas isso acaba também influênciando na permanência deles no local. E dessa forma a situação permanece. O que cobramos são ações por parte do serviço social, que atue neste acolhimento para os espaços que a própria cidade disponibiliza", contou o morador de um dos prédios próximos, acrescentando que a polícia já foi acionada tembém por conta da situação no bairro.>
Procurada pela reportagem de A Gazeta sobre o cenário relatado, a Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou que realiza abordagens constantes, porém não encontrou as pessoas em situação de rua na área de Jardim da Penha. A pasta também destacou que o trabalho é contínuo e que dispões de vagas em abrigos municipais, além de uma ampla rede de apoio.>
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Veja a nota na íntegra:>
Nota da Secretaria Municipal de Assistência Social
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) informa que realiza abordagens constantes no local e pondera que as intervenções acontecem mediante a construção de vínculos de confiança e aceitação por parte das pessoas em situação de rua.
Nesta quarta-feira (17), uma equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social esteve no local mencionado, mas não localizou os assistidos para realizar os devidos encaminhamentos. Ressalta, no entanto, que o acompanhamento é feito de forma sistemática. A atuação consiste em um trabalho muito complexo, a começar pela abordagem e pela criação de um vínculo de confiança com as pessoas em situação de rua, passando pela persistência na oferta do serviço até o encaminhamento à rede socioassistencial.
A Semas esclarece, ainda, que possui 215 vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua. Vitória conta com uma rede completa de serviços à esse público na rede socioassistencial. Um deles é o Abrigo 1, entregue nesta gestão.
As pessoas atendidas têm acesso a diversos serviços, incluindo: atendimento inicial; acolhimento com kit completo de higiene, cama, comida e roupa lavada; elaboração do Plano Individualizado de Atendimento (PIA) feito pela equipe multidisciplinar; atividades esportivas e educativas ; escolarização (EJA) e encaminhamentos para a rede e serviços do município.
Vitória também conta com dois Centros de Referência para Pessoa em Situação de Rua (Centro Pop), com uma unidade no território Centro e outra no território Continental, que funcionam todos os dias, das 7 às 17 horas. A rede é composta ainda por sete serviços de acolhimento: Abrigo para Pessoas em Situação de Rua, Abrigo Institucional para Adultos e Famílias (Abrigo 1) - inaugurado nesta gestão --, Abrigo II e Abrigo III, Hospedagem Noturna e Abrigo para Migrantes, além da Casa República.
Já a Polícia Militar informou que, na manhã do último domingo (14), o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES) recebeu informações de que moradores em situação de rua estavam causando transtornos no bairro Jardim da Penha. Mas, apesar da informação ter sido repassada para as guarnições da região, nenhuma pessoa foi detida.>
Esta matéria foi produzida por um aluno do 28º Curso de Residência em Jornalismo, sob orientação do editor Murilo Cuzzuol >
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