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Publicado em 1 de maio de 2023 às 14:51
Gostar de assistir a canais de tecnologias teve um resultado inesperado para um adolescente da zona rural de Ibatiba, no Sul do Espírito Santo. Morador da localidade de Córrego Boa Vista, o estudante Daniel Lima Silva de Oliveira, de 17 anos, construiu com o auxílio de materiais descartados como sucata um equipamento de corrida de carros, popularmente chamado de “G27”.>
"Sempre acompanhei muito canal de tecnologia, criação de projetos... E sempre vi aqueles volantes. É meio difícil comprar um, é meio caro. Um dia, vi um canal ensinando a fazer um. Mas, para fazer, eu precisava de um volante. Papai tinha um volante no ferro-velho aqui e comecei a pesquisar projetos para fazer também", conta Daniel.>
De acordo com o estudante, da decisão de construir um simulador até ver o protótipo pronto foram necessárias muita pesquisa e também uma busca constante por materiais que pudessem ser aproveitados no projeto.>
No entanto, o fato de o pai dele, Sidney da Fonseca Silva, de 41 anos, ter um ferro-velho ajudou nesta procura e empreitada.>
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Daniel Lima Silva de Oliveira
Estudante de 17 anosTodos essa engenharia do estudante, acoplada a um computador, se tornou um simulador de corridas de carro. >
Além da força de vontade, o acesso à educação foi a mola propulsora para o simulador dar certo. Daniel é aluno do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professora Maria Trindade de Oliveira, localizada no mesmo município.>
O estudante precisou trabalhar conhecimentos técnicos em Física, principalmente em mecânica, elétrica e computação, para desenvolver o sistema de reconhecimento de comandos, por meio de um software.>
Para esta missão, ele contou com as aulas eletivas de robótica que foram ministradas pelo professor de Física Edilson Marcolino de Souza.>
"A gente trabalha com disciplina eletiva e tínhamos uma de robótica. Quando ele apresentou o projeto, foi necessário agregar um pouco de conhecimento, mas o projeto basicamente foi dele. Só tivemos mesmo que fazer um ajuste mais fino", disse o professor.>
O professor contou ainda que as aulas de robótica resultaram em uma feira de ciências na escola, que aconteceu no final de 2022.>
"Aqui na escola, a gente sempre busca trabalhar com o protagonismo juvenil, saber aprender, pesquisar. Como professor, a gente vai mediando isso para que eles mesmos tenham essa autonomia. Daniel, por exemplo, nem queria inscrever o projeto, que foi um sucesso na feira de ciências. Nem todo mundo tem acesso a esse tipo de coisa aqui na cidade. Ver um simulador automobilístico ali, criado pelo próprio aluno, além do ponto de vista da sustentabilidade, que é bem simples, de sucata, foi bem incrível", destaca o professor.>
Com informações do g1 ES>
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