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Publicado em 28 de abril de 2023 às 10:00
- Atualizado há 3 anos
A Prefeitura de Linhares está em alerta devido ao aumento de casos de esporotricose na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, desde o início do ano passado já foram registrados 49 casos da doença – transmitida por arranhões de espinhos, palha ou pedaços de madeira, e também arranhaduras ou mordidas de gatos.>
Por meio da Vigilância Epidemiológica, a Secretaria de Saúde de Linhares afirma que a população deve ter atenção à prevenção e diagnóstico da doença. A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo do gênero Sporothrix, causando lesões na pele – que se espalham pelo corpo – e, em casos mais graves, pode afetar os pulmões (provocando tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre).>
Esporotricose: casos de doença sobem em Linhares
A diretora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Linhares, Jackelene Ramos, explica que a doença tem como primeiro sintoma pequenas lesões, que, posteriormente, crescem. As feridas podem se manter por meses sem o sinal de melhora, sendo necessário o tratamento. >
Jackelene Ramos
Diretora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de LinharesJackelene ressalta que a população deve se manter em alerta e que os munícipes que apresentarem suspeitas de esporotricose devem procurar uma Unidade Básica de Saúde para serem realizados exames clínicos. Caso a doença tenha o diagnóstico positivo, o tratamento com antifúngicos deve ser iniciado, podendo durar de três a seis meses.>
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Os moradores devem se atentar também aos animais infectados, que também podem apresentar as lesões.>
Jackelene Ramos
Diretora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de LinharesSegundo a médica veterinária e mestre em esporotricose felina Amanda Maria Miranda, antigamente a doença era conhecida como "doença do agricultor", pois, ao entrar em contato com a terra – local onde fungo costuma se alojar – e, consequentemente, se machucar ou se arranhar com espinhos, palha ou lascas de madeira, a pessoa acabava se contaminando.>
"O ambiente é o grande vilão da esporotricose, pois esse fungo gosta de matéria orgânica e de ficar no ambiente. Tanto é que não conseguimos tirar ele [o fungo] da terra ou do casco de uma árvore contaminada", explicou a veterinária, que também é especialista em medicina felina.>
De acordo com a veterinária, o hábito dos gatos de cavar a terra pode acabar gerando micro traumas nas unhas do animal. Com o ambiente contaminado pelo fungo, ele se contamina. Dessa forma, ao brigar com outros felinos na rua ou até mesmo ao arranhar e morder um humano, a contaminação se propaga. >
Amanda Maria Miranda
Médica veterinária, mestre em esporotricose felina e especialista em medicina felinaA veterinária salienta para que, em hipótese alguma, as pessoas abandonem ou doem os seus gatos por medo da doença, pois essa não é a prática que deve ser tomada. "É errôneo associar os felinos como transmissores da esporotricose, já que eles também são sensíveis ao fungo", finalizou. >
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