Leonardo Luz Moreira que atuava como médico em São Mateus, no Norte do Espírito Santo, está proibido de exercer a função. Apesar de ter registro legal no Conselho Regional de Medicina, foi descoberto por investigação da Polícia Federal que ele fraudou documentos no passado para reduzir o tempo de formação no Ensino Superior. Após as investigações, o CRM-ES suspendeu o registro dele e abriu um processo administrativo.
"A plenária do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) aprovou a suspensão total do exercício da Medicina e a abertura de um processo administrativo contra o senhor Leonardo Luz Moreira, acusado pela Polícia Federal de exercício ilegal da Medicina. Com a suspensão, ele não pode atuar. O processo administrativo pode resultar na anulação do registro dele", diz a nota.
As investigações apontam que Leonardo Luz Moreira, preso em São Mateus, se matriculou em uma faculdade de Medicina na Bolívia, onde estudou por um semestre. Posteriormente, solicitou transferência para uma faculdade brasileira e adulterou os registros para que computassem, em vez de seis meses, quatro anos de estudo.
Ainda de acordo com as investigações, o homem foi contratado por diversas prefeituras do norte capixaba e atuava como médico havia pelo menos três anos, com salários que somam aproximadamente R$ 850 mil.
O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Coutinho Ricas, explicou que o acusado foi o primeiro a fazer o esquema e cobrava de R$ 20 mil a R$ 40 mil de pessoas interessadas em atuar como ele.
"O acusado foi o primeiro a fazer esse esquema. A Polícia Federal de Vitória da Conquista vai continuar as investigações, porque como outros suspeitos participavam dessa fraude, há a possibilidade de mais falsos médicos atuando", disse na época.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) afirmou na manhã desta quinta-feira (23) que Leonardo Luz Moreira continua preso e está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Mateus.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou nota na tarde desta sexta-feira (24) afirmando que o Hospital Roberto Silvares, unidade estadual onde o médico trabalhava, abriu sindicância para apurar o caso e que as informações levantadas foram encaminhadas às policias Civil e Federal. Veja o texto na íntegra:
"A direção do Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares informa que uma sindicância foi instaurada para apuração dos fatos. Esclarece que todas as informações levantadas sobre o caso foram passadas para as polícias Civil e Federal, se colocando à disposição para esclarecimentos necessários."
A Sesa enviou nota informando sobre abertura de sindicância e repasse às polícias Civil e Federal. O texto foi atualizado.
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