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Publicado em 17 de junho de 2022 às 19:22
Com a autorização pelo Ministério da Saúde para aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas a partir de 40 anos, o Espírito Santo já anunciou essa nova etapa de imunização a partir de segunda-feira (20).>
Segundo a Secretária de Estado da Saúde (Sesa), a partir da data, os municípios poderão aplicar a nova dose de reforço no público entre 40 e 49 anos. >
No Estado, são 616 mil pessoas nessa faixa etária, sendo que, conforme a Sesa, 315 mil estão aptas a serem imunizadas com a quarta dose, respeitando o intervalo de quatro meses após a última dose. >
A Sesa destacou ainda que os municípios já possuem doses disponíveis para iniciar a vacinação desse grupo etário e que o Estado está solicitando, ainda neste fim de semana, mais 200 mil doses ao Ministério da Saúde.>
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A segunda dose de reforço já tinha sido liberada para a população acima dos 50 anos no último dia 4. Assim como ocorreu nas outras faixas etárias, a quarta dose só pode ser aplicada no mínimo quatro meses após a terceira.>
Na avaliação de Renato Kfouri, diretor da SBIn (Sociedade Brasileira de Imunizações) e que compõe a câmara técnica que assessora o PNI, a ampliação para a faixa dos 40 anos é uma tendência.>
"Tem mais comorbidades nessa faixa etária. É melhor do que ficar mandando liberar para os diabéticos, para os cardiopatas, então já libera para todo mundo acima dos 40 anos. É um momento que tem vacina. [A imunização] Vai ser com [a vacina da] Astrazeneca em especial, mas ainda tem Janssen e um pouco de Pfizer. Vamos ver se a gente acelera a cobertura vacinal.">
Para ele, ainda que os benefícios da quarta dose aos adultos jovens não sejam tão claros, há dados mostrando que atual proteção vacinal se sustenta por pouco tempo. "Como o país enfrenta uma nova onda de casos, vale a pena. Não é [uma medida] equivocada não.">
A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo, também defende a medida. "Com o aumento dos subtipos da ômicron BA.4 e BA.5 e com essa diminuição de tempo para reinfecção que a variante provoca, é uma medida muito interessante, até porque estamos com vacina em estoque", diz ela.>
"Temos vacina para vencer, então é melhor vacina no braço. Infelizmente não temos campanha por parte do governo federal. É importante a proteção para esse grupo também.">
A epidemiologista Ethel Maciel também reforça a importância de se avançar na busca de vacinas modeladas para a variante ômicron, que garantam um tempo de proteção maior. "As empresas já anunciaram que estão fazendo, mas ainda não temos.">
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