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Cardeal no Vaticano sobre Dom Silvestre: 'Sempre foi ligado à família'

Cardeal no Vaticano sobre Dom Silvestre: 'Sempre foi ligado à família'

Afirmação é de Dom João Braz de Aviz, que foi bispo auxiliar de Dom Silvestre no período de 1994 a 1998; restos mortais do bispo foram transferidos para a Catedral de Vitória

Publicado em 3 de março de 2024 às 13:31

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Restos mortais de Dom Silvestre Scandian foram transferidos para a Catedral de Vitória
Restos mortais de Dom Silvestre Scandian foram transferidos para a Catedral de Vitória. (Arquidiocese de Vitória / Divulgação)

Os restos mortais do Dom Silvestre Scandian, arcebispo de Vitória entre os anos de 1984 a 2024, foram transferidos do Cemitério do Bosque, em Vila Velha, para a cripta da Catedral Metropolitana, em Vitória, em uma cerimônia durante a missa no início da noite de sábado (2), na Capital. Dom João Braz de Aviz, que foi bispo auxiliar dele no período de 1994 a 1998, informou em entrevista para a jornalista Anna Ferreira, que cobre o Vaticano para a Rede Vida, que o religioso sempre foi muito ligado à família.

Em 16 de fevereiro de 2019, Dom Silvestre foi enterrado no cemitério do bairro Alvorada a pedido do próprio religioso, desejo este registrado em seu testamento, de passar cinco anos sepultado junto aos pais.

“Isso foi motivado por uma vontade dele ligada ao amor que ele tinha pelo pai e pela mãe. Sou testemunha do quanto ele amava seus pais. Ele era muito ligado à família, aos irmãos. A gente notava uma unidade muito grande da família. Dom Silvestre sempre foi muito ligado à família”, comentou Dom João Braz de Aviz, que morou com Dom Silvestre em Ponta Formosa.

Durante a entrevista, o cardeal lembrou que o arcebispo de Vitória era uma pessoa profunda espiritualmente e que foi o bispo mais necessário para aquele momento da instituição. “Eu percebia isso na atitude de equilíbrio que ele tinha”, complementou.

A entrevista para a jornalista Anna Ferreira ocorreu por conta do translado dos restos mortais de Dom Silvestre Luiz Scandian para a cripta da Catedral de Vitória. O cardeal Dom João Braz de Aviz também falou sobre a humildade e amor à Igreja, que faziam parte da personalidade do religioso.

A cerimônia de translado dos restos mortais do bispo contou com um nicho e uma nova placa na cripta, que estavam diante do altar da catedral. A missa foi presidida pelo arcebispo, dom Dario Campos e concelebrada pelo bispo auxiliar e vários padres da Arquidiocese e da Congregação dos Verbitas. Familiares e amigos também estavam presentes.

Um dos grandes legados de Dom Silvestre foi a participação ativa e articuladora no movimento que marcou a história capixaba, o Fórum Reage Espírito Santo, que uniu igrejas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a sociedade civil organizada. Atuaram juntos, entre os anos de 1990 e início dos anos 2000, no enfrentamento da corrupção e do crime organizado que levou o Espírito Santo a ser o segundo Estado, proporcionalmente, mais violento no Brasil.

Por suas ações na luta anticorrupção e pelos direitos humanos, recebeu diversas ameaças, mas nunca aceitou proteção policial. Em julho de 2003, dom Silvestre foi esfaqueado no peito por um suposto fiel, ana arquidiocese da capital

Na cripta da Catedral de vitória, estão enterrados outros arcebispos e bispos que atuam no Estado, como dom Benedito de Paulo Alves de Souza.

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