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Cais das Artes: Casagrande promete entrega do museu até o fim do ano

Cais das Artes: Casagrande promete entrega do museu até o fim do ano

Segundo o governador, o restante do complexo cultural, localizado na Enseada do Suá, em Vitória, será entregue em abril de 2026

Publicado em 3 de abril de 2025 às 09:44

Governo prometeu inaugurar o museu do complexo cultural em dezembro deste ano e o teatro até abril de 2026

O governador Renato Casagrande (PSB) anunciou, nesta quinta-feira (3), que parte do Cais das Artes será entregue em dezembro deste ano e o restante, em abril de 2026. A estrutura começou a ser erguida em 2010 e vai custar R$ 315 milhões.

O anúncio foi feito durante um evento realizado no complexo cultural, na Enseada do Suá, em Vitória, durante a manhã, para apresentar o andamento da obra.

De acordo com Casagrande, o museu — que vai funcionar no prédio mais comprido — será entregue em dezembro deste ano, enquanto o teatro será aberto ao público somente em abril do próximo ano.

"Essa obra teve problema no início, quando a empresa Santa Bárbara desistiu. Nós tentamos outra licitação, a empresa Andrade Valladares ganhou, mas em 2015, assim que a gente saiu do governo, o governo que entrou tomou a decisão de paralisar praticamente a obra. Isso causou um debate judicial muito forte, que perdurou por 8 anos", justificou o governador.

"Nós estamos com essa previsão, de, no final deste ano, entregarmos o museu, com diversas salas de exposições em níveis diferentes", completou.

No final do ano, nós entregamos o museu, já com evento no início do ano que vem. E, no meio do ano que vem, a gente entrega o teatro

Renato Casagrande

Governador do Espírito Santo

De acordo com estimativas do governo estadual, as obras no museu devem ser concluídas em outubro, mas como podem ser necessários até dois meses para instalar a automação e o cabeamento, é possível que o espaço seja inaugurado em dezembro. Já para o teatro, a estimativa é de conclusão da obra em abril de 2026 e de um prazo adicional de três meses, caso seja necessário, para instalações de equipamentos adicionais.

O novo prazo confirma a estimativa do Tribunal de Contas do Espírito Santo. Em fevereiro, o TCE-ES havia destacado que a obra não seria entregue em janeiro de 2026, conforme prometido pelo governo anteriormente.

Conforme antecipado pelo colunista Abdo Filho na quarta-feira (2), o governo do Estado trabalha com a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) para selecionar a instituição que irá tocar a administração e curadoria do Cais das Artes. Em princípio, serão dois anos de gestão, podendo ser renovados. O objetivo é ter à frente da estrutura um gestor capaz de atrair boas atrações para o equipamento cultural.

O desenho original do complexo cultural prevê um teatro com 600 metros quadrados, que deve comportar 1,3 mil lugares, e um museu com espaço de 2,3 mil metros quadrados. Além disso, o Cais das Artes deve contar com um auditório para 225 pessoas, salas de exposições, biblioteca, cantina, recepção, cafeteria e espaços para espetáculos e exposições ao ar livre.

Obra iniciada há 15 anos

A obra do Cais das Artes começou, oficialmente, em 2010, no fim do segundo mandato do então governador Paulo Hartung. O investimento total seria de R$ 115 milhões. A previsão inicial de entrega do empreendimento era para 2012, mas uma série de contratempos e judicializações resultou no atraso da obra.

Em 2013, um novo contrato foi firmado para continuidade das obras. Porém, em 2015, foram constatadas irregularidades na execução do projeto, inclusive com pagamentos indevidos. Já em 2023, oito anos depois da paralisação e dois anos após a morte do arquiteto Paulo Mendes da Rocha,  autor do projeto, Casagrande anunciou a retomada diante do acordo judicial com o consórcio Andrade Valladares - Topus, prometendo a entrega do espaço até janeiro de 2026.

À época, o governo do Estado divulgou que seriam desembolsados R$ 183 milhões para as operações, sendo R$ 20 milhões para recuperação e limpeza do canteiro de obras e R$ 163 milhões para as demais atividades. Até ali, já haviam sido pagos R$ 56 milhões à Santa Bárbara, primeira empresa que executou a obra, e outros R$ 76 milhões destinados para o Consórcio Andrade Valladares - Topus para a parte do projeto que foi executada até a paralisação de 2015.

Cais das Artes por Fernando Madeira
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