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Árvore floresce e odor de fezes impregna praça de Cachoeiro; entenda

Árvore floresce e odor de fezes impregna praça de Cachoeiro; entenda

Engenheiro ambiental explica que mau-cheiro exalado pelas flores da planta é parte de uma estratégia do chichá-fedorento para se reproduzir

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 13:35

O engenheiro ambiental Reinaldo Soares explica que o cheiro é parte de uma estratégia da planta para se reproduzir

Em meio às árvores da Praça de Fátima, no Centro de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, uma se destaca: o chichá-fedorento. Apesar de ser alta, imponente e cheia de flores, ela chama a atenção por outro motivo. Seu ‘perfume’ é peculiar, com odor de fezes, e chega a incomodar quem passa pela região.

As 'florzinhas' é que fedem, exalam mau cheiro. O pessoal passa aqui e pensa que o banheiro está podre. Aí eu falo: 'Não. É essa árvore aqui'

Celídio Barbosa

Funcionário público que há 7 anos cuida da limpeza da praça
Árvore floresce e odor de fezes impregna praça de Cachoeiro
Árvore floresce e odor de fezes impregna praça de Cachoeiro Crédito: Luiz Gonçalves

A impressão de que há um problema no esgoto é comum entre as pessoas que passam pela região. “Achei que era cheiro do banheiro”, comentou o servidor público Leandro Conceição.

A “culpada” pelo mau cheiro é a Sterculia foetida, nome científico do chichá-fedorento – árvore asiática introduzida no Brasil como espécie ornamental. O engenheiro ambiental Reinaldo Soares explica que o odor é parte de uma estratégia da planta para se reproduzir.

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Árvore floresce e odor de fezes impregna praça de Cachoeiro; entenda

As flores exalam um odor característico, muito similar ao cheiro de fezes, para atrair seus polinizadores, que são as moscas. Esse cheiro dura cerca de um mês e depois some, quando os frutos começam a se formar. O sol ainda intensifica esse odor

Reinaldo Soares

Engenheiro ambiental
Árvore floresce e odor de fezes impregna praça de Cachoeiro
Árvore floresce e odor de fezes impregna praça de Cachoeiro Crédito: Luiz Gonçalves

Quem já está acostumado com o “aroma exótico” é o gerente de qualidade de vida Mauro Maleque. Ele até guarda algumas flores em potes para usar como exemplo durante atividades com os alunos. “Os alunos acharam que era sujeira, e tivemos que mostrar que eram apenas flores. E olha, realmente está exalando muito. Dependendo do vento, o cheiro se espalha por todo o Centro”, explica.

Por sorte, a floração do chichá-fedorento acontece no inverno, o que ajuda a amenizar os efeitos do odor. Nos dias mais quentes, com o sol batendo forte, a experiência poderia ser ainda mais intensa. Apesar do desconforto temporário, moradores encaram a situação com bom humor. “Isso é a natureza de Deus. Dá para suportar”, finaliza o aposentado Mauro Colombini.

*Com informações do repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta Sul

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