> >
Aluno trata câncer por 2 anos e ganha festa ao voltar para escola no ES

Aluno trata câncer por 2 anos e ganha festa ao voltar para escola no ES

Gustavo Colombi Brunow voltou às aulas e foi recebido nesta semana de forma calorosa com uma comemoração organizada pela comunidade escolar

Imagem de perfil de Felipe Sena

Felipe Sena

Repórter / [email protected]

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 12:06

Gustavo voltou às aulas na segunda-feira (18), após dois anos de tratamento oncológico.

Um reencontro marcado por emoção aconteceu na Escola de Educação Básica Coopesg, em São Gabriel da Palha, na Região Noroeste do Espírito Santo, na última segunda-feira (18). Após ficar dois anos afastado para um tratamento de câncer, o estudante Gustavo Colombi Brunow, de 12 anos, voltou às aulas e foi recebido de forma calorosa, com uma comemoração organizada pela comunidade escolar.

Em uma publicação nas redes sociais, a escola celebrou o reencontro: “Hoje é um dia muito especial aqui na nossa escola. Retorno do nosso estudante Gustavo (...) que ficou longe de nós por quase dois anos, devido a seu tratamento oncológico. Gustavo é um milagre e prova viva do amor de Deus. Seja bem-vindo de volta, Gustavo! Nós te amamos muito!”.

Festa para feira para o Gustavo, que voltou às aulas após dois anos tratando um câncer
Festa para feira para o Gustavo, que voltou às aulas após dois anos tratando um câncer Crédito: Acervo pessoal

Tratamento fora do Espírito Santo

Diagnosticado aos 10 anos com leucemia — câncer de medula — Gustavo passou por um longo tratamento, que incluiu um transplante de medula óssea realizado no Hospital Graac, em São Paulo. Antes disso, ele chegou a iniciar o tratamento em Vitória, mas precisou ser transferido porque o procedimento não é feito em crianças no Espírito Santo.

Ele e a família moraram quase um ano em São Paulo até que o procedimento fosse concluído. Mesmo após o transplante, o menino ainda segue fazendo um acompanhamento mensal no hospital paulista. A mãe de Gustavo, Renata Colombi, contou que a recuperação exigiu cuidados extremos. Como após o transplante todas as vacinas que a criança tomou são zeradas, ele precisou refazer o calendário vacinal e ficou por muito tempo em isolamento.

Ele nasceu de novo. Era como se tivesse que começar tudo outra vez. Durante muito tempo não podia ter contato com outras pessoas, nem frequentar lugares públicos

Renata Colombi

Mãe de Gustavo

Antes do retorno, as aulas no hospital e em casa

Para que não perdesse totalmente o vínculo com os estudos, a escola adaptou as aulas. Em vez de atividades on-line, professores iam até a casa da família para dar suporte. "A escola deu todo suporte. Os professores vinham aqui em casa, sempre com todos os cuidados, de máscara, em local arejado. Isso fez toda a diferença para ele", contou Renata.

Lucas Brunow e Renata Colombini, junto com o filho Gustavo por Acervo pessoal

Quando começou o tratamento, Gustavo estava no 5° ano. Ele também recebeu aulas no hospital onde ficou internado em São Paulo. Atualmente, ele está no 7° ano do ensino fundamental.

Emoção no reencontro

A volta à escola foi vivida com grande emoção tanto pela comunidade escolar quanto pela família. A mãe de Gustavo contou que ela também ficou ansiosa pelo filho.

Foi um momento de gratidão a Deus e de muita alegria. Eu fiquei uns três dias chorando antes desse retorno. Ver ele entrando na escola, reencontrando os amigos, foi a certeza de que a vida está voltando ao normal

Renata Colombi

Mãe de Gustavo

Segundo Renata, o menino estava ansioso pela liberação médica e não conseguiu dormir na véspera do retorno. "Quando a médica disse que ele poderia voltar às aulas, ele respondeu: ‘Quero ver meus amigos’. Ele ficou muito feliz, ansioso demais. Estar de volta para brincar e conviver com os colegas é o que ele mais queria", afirmou.

É a vida voltando ao eixo, voltando ao normal. A gente fica feliz ao ver a felicidade dele

Renata Colombi

Mãe de Gustavo
  • Viu algum erro?
  • Fale com a redação

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais