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Publicado em 20 de outubro de 2022 às 12:17
Aprender fazendo. Este é o caminho que jovens e adolescentes que estudam nas 18 Escolas Família Agrícola (AFA) do Espírito Santo percorrem diariamente. Nessas instituições, os anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio ultrapassam as paredes da sala de aula. >
Mantidas pelo Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes), com apoio das prefeituras e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), essas escolas transformam o amor pela vida no campo, que geralmente vem de berço, em conhecimento técnico. Logo, a paixão pela terra faz com que os alunos também se tornem, ao final do processo, profissionais da agropecuária. >
“Nós temos ex-alunos que trabalham na Secretaria de Agricultura de Cachoeiro, outros estão em cooperativas e também na própria propriedade. Alguns fazem atividade externa de consultoria, que também é um mercado bastante interessante e muito crescente atualmente”, contou o diretor da Escola Família Agrícola (EFA) de Cachoeiro de Itapemirim, Marcelo da Paschoa. >
Nos últimos 12 anos, apenas na EFA de Cachoeiro, localizada no distrito de Pacotuba, mais de 200 técnicos em Agropecuária foram formados. E as técnicas aprendidas, que vão além do português e da matemática e envolvem conteúdos de zootecnia e agricultura, ajudam a criar oportunidades, emprego e renda sem sair do campo. >
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Para o estudante do Ensino Médio Arnaldo Carlos Viana, de 17 anos, as aulas técnicas oferecidas pela Escola Família Agrícola fazem com ele e tantos outros alunos somem experiências ao final dos quatro anos. >
“A gente já fez trabalho de compostagem, de educação de causas naturais. Teve o trabalho que fizemos no final do ano passado sobre nutrição animal, em que coloquei em prática as questões com os meus animais, de desenvolver a nutrição deles. Eu aprimorei os conhecimentos, estudei um pouco mais. Sem falar em outras experiências”, destacou. >
Das 18 Escolas Família Agrícola em todo o Espírito Santo, cinco estão localizadas nas regiões Norte e Sul do Estado, quatro no Noroeste, duas na Serrana e uma na Grande Vitória — além da Escola Família de Turismo (EFTUR), em Anchieta (confira a lista completa abaixo). Todas essas instituições, exceto a última, funcionam no regime de semi-internato, ou seja, os alunos passam uma semana na escola tendo aula e a outra em casa pondo em prática os conteúdos.>
Nascida e criada na zona rural, a também estudante Jessica de Loiola, de 18 anos, vem de uma família que cultiva café há anos, o que contribuiu para ela se matricular na EFA de Cachoeiro assim que descobriu a escola. "Eu estudava em uma escola onde não tinha o curso técnico e descobri essa escola. Tive vontade de vir para cá para aprofundar mais o meu conhecimento na área da zona rual”, disse. >
Atualmente, todas as instituições estão com o período de matrículas aberto. Segundo o Mepes, a matrícula é feita diretamente na escola. São ofertadas vagas para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio com o Curso Técnico em Agropecuária. O período de matrículas e rematrículas vai de 1º de outubro a 27 de janeiro, e é organizado na seguinte forma:>
Vale destacar que a quantidade de vagas ofertadas varia conforme as escolas. Porém, no geral, ainda segundo o Mepes, são 35 para cada turma dos anos finais do Ensino Fundamental e 40 para o Ensino Médio. >
Com informações da repórter Alice Sousa, da TV Gazeta Sul >
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