Publicado em 24 de agosto de 2019 às 21:09
Após lutar anos contra uma depressão, Fábio de Melo está fazendo de tudo para manter sua saúde mental em bom estado. E isso pode significar um afastamento das redes sociais.>
Longe do Twitter desde a semana passada, quando se envolveu em um bate-boca na rede, o padre afirmou estar se sentindo mais leve.>
"Você sabe que me fez bem? Me sobrou mais tempo, as redes sociais roubam muito tempo da gente. Twitter era o lugar que eu mais gostava de estar, sempre foi o meu lugar preferido. Mas nada precisa ser definitivo", disse ele à revista Quem.>
"Gosto da liberdade de dizer que neste momento isso é pesado para mim. Acho o Instagram mais leve que o Twitter, talvez por ser o território da imagem. Me utilizo do espaço de forma leve e bem humorada", concluiu.>
>
O bate-boca no Twitter do padre começou com um comentário dele sobre a "saidinha" de dia dos pais de Alexandre Nardoni, condenado por matar a filha em 2008. "Não entendo de leis, mas a 'saidinha' deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram", tuitou ele.>
O comentário gerou reações das mais variadas e uma longa discussão sobre ressocialização, justiça e sistema penal. Após o desgaste, o padre optou por se despedir da rede.>
"Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!", escreveu.>
"Quando eu tive aquele momento de desgaste, o que mais me assustou foi perceber que uma opinião com fundamento racional repercutiu tanto", se justificou. "A Justiça tem todo o direito de ressocializar o preso, mas poderia ter um cuidado com a escolha das datas".>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta