Publicado em 6 de julho de 2019 às 22:59
O jornalista e sociólogo Salomão Schvartzman morreu neste sábado (6), em São Paulo, aos 85 anos. Segundo familiares, ele sofreu um acidente vascular cerebral há alguns anos e sua saúde nunca se recuperou completamente após o episódio. Seu velório acontecerá neste domingo (7), a partir das 10h, no Cemitério Israelita do Butantã. O enterro acontecerá a partir das 13h.>
Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, chegou a São Paulo aos 25 anos e dizia ter se tornado "paulistano de coração".>
Dono de uma voz grave que se tornou marca própria ao longo da carreira no rádio, Schvartzman começou sua trajetória como repórter no jornal O Globo, no Rio de Janeiro, na década de 1960. Nos anos seguintes, já na rádio Globo, participou da cobertura do julgamento do dirigente nazista Adolf Eichmann.>
Trabalhou por cerca de 40 anos na Rede Manchete, onde chegou ao posto de diretor da sucursal paulista da revista Manchete. Apresentou os programas Momento Econômico e Clássicos em Manchete na mesma emissora.>
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Também foi âncora do programa Diário da Manhã por sete anos na TV Cultura, de onde saiu em 2007.>
Em entrevista ao Portal Imprensa, em 2011, Schvartzmann relembrou de quando sua mãe, em 1946, entrou em desespero ao ler carta que comunicava a do avô e dos tios do garoto em um campo de concentração na Polônia. "Em meio a comentários desencontrados hoje sobre o assunto, eu posso esquecer isso [o holocausto]?", disse o jornalista na ocasião.>
Sobre o seu modo de produção, disse na mesma entrevista que "geralmente" escrevia "à noite, mas acordava "cinco da manhã" e lia novamente.>
"Ler um texto que eu considero ter ficado bom me rejuvenesce. Mas muitas vezes não sai nada, é o papel em branco. Outras vezes fico parado diante do computador, refém do vazio. Escrevo, apago tudo e depois recomeço. Mas sinto um orgasmo dentro de mim quando concluo que um texto meu está bem feito", afirmava.>
Recentemente, Schvartzmann apresentava o Diário da Manhã, na rádio Cultura FM, e tinha uma coluna diária na rádio BandNews. Ele sempre terminava suas reflexões no rádio com o bordão "seja feliz".>
Segundo sua sobrinha, Marisa Clermann, "ele tinha ainda muito prazer em fazer os programas" e mesmo com a saúde debilitada fazia questão de "escolher as músicas e o conteúdo do programa", que vinha gravando de sua residência.>
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