Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 12:14
O estilista alemão de alta costura Karl Lagerfeld, diretor artístico da Chanel e ícone da indústria global da moda há mais de meio século, morreu nesta terça-feira, 19, informou uma fonte da grife francesa Chanel, segundo a imprensa francesa. Ele tinha 85 anos. A revista online de celebridades francesas Purepeople disse, na manhã desta terça, que Lagerfeld foi levado às pressas para um hospital em Neuilly-sur-Seine, nos arredores de Paris, na noite anterior.>
Karl Lagerfeld desfrutava da estatura de um deus entre os mortais do mundo da moda, onde permaneceu no topo por mais de meio século e até a sua morte, numa idade que quase ninguém além de si mesmo conhecia com a precisão de hoje. O estilista alemão era mais conhecido por sua associação com a francesa Chanel, que remonta a 1983. A marca, diz a lenda, corria o risco de se tornar a reserva de vovós endinheiradas antes de ele chegar, cortando as bainhas e acrescentando brilho aos ternos fofos do que é agora uma das casas de costura mais valiosas do mundo.>
Mas Lagerfeld, que ao mesmo tempo produzia coleções para a Fendi da LVMH e a marca que leva seu nome um feito inédito na moda -, era quase uma marca por si só. Trajes escuros esportivos, cabelos brancos, rabo-de-cavalo e óculos escuros nos últimos anos que o tornaram instantaneamente reconhecível, um humor irreverente também fazia parte de uma persona cuidadosamente elaborada.>
Sou como uma caricatura de mim mesmo e gosto disso, dizia, uma citação lendária atribuída a ele, e muitas vezes reciclada para transmitir a pessoa que ele gostava de interpretar. É como uma máscara. E, para mim, o Carnaval de Veneza dura o ano todo. Seus instintos artísticos, perspicácia comercial e ego proporcional combinavam-se a um efeito comercialmente triunfante no mundo rarefeito da alta moda, onde ele era reverenciado e temido em proporções semelhantes por concorrentes e top-models. A recusa em olhar para o passado era um dos seus maiores bens, disseram aqueles que o conheciam.>
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