Publicado em 6 de junho de 2019 às 18:51
O Espírito Santo tem mostrado sua força quando o assunto é revelar novos talentos da música sertaneja. Por aqui, há muitos cantores e duplas prontos para estourar no mercado (muitos até já estouraram). Quer exemplos? Cacio e Marcos, Felipe Fantin e Álvaro Nobre, só para citar alguns nomes. A maioria aposta na versatilidade, em um mix com outros estilos musicais, como o arrocha e até o funk. Promessas comprovando que o Estado tem, sim, talento para dar e vender.>
Cacio e Marcos, por exemplo, resolveram deixar a Serra há oito anos para investir na carreira em Londrina, próspera cidade do interior do Paraná. A dupla ganhou fama com o fenômeno "Tá Tarada", que já teve quase seis milhões de acessos nas redes sociais. Ao todo, os vídeos da dupla já atingiram mais de 50 milhões de visualizações.>
"Percebemos que o nosso público alvo estava mais paro o lado do Sul do Brasil. Os shows começaram a surgir por lá e sentimos a necessidade de mudar para Londrina, a fim de reorganizar a nossa carreira e responder a essa demanda", confirma Cacio.>
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A dupla, na boa sacada de fazer algo diferente nesta cena musical, resolveu apostar na mistura do funk carioca com o sertanejo universitário. A reposta foi bastante positiva. Outros hits apareceram, sempre na mesma vibe, como "Tá Doida", "As Mina Pira" e "Pentada Violenta".>
"Hoje em dia é muito comum ouvir funk no meio sertanejo. Mas, na época de 'Tá Tarada', era uma novidade. Foi bem arriscado, mas, felizmente, caiu no gosto da galera", relembra.>
Com agenda recheada de apresentações, Cacio relembra shows em que se apresentaram no mesmo palco de famosos, como Fernando e Sorocaba, Lucas Lucco, Thiaguinho e Pabllo Vittar. Mesmo assim, o Espírito Santo não sai da cabeça da dupla. "Estamos com muita saudade de fazer shows por aí (ES). Nossa família continua morando no Estado, então, seria muito gratificante".>
GOIÁS>
Outro que deixou o Estado em busca de profissionalização da carreira é Álvaro Nobre, que usa sua experiência como guitarrista para arrebentar em um misto de sertanejo com o arrocha. O rapaz começou a se destacar na cena local em 2015 e conta que já cantou ao lado de duplas como João Neto e Frederico.>
Em 2018, decidiu partir para Goiânia, a capital da música sertaneja. Gravou o seu primeiro DVD em 2018 (lançado nas redes sociais) e chamou a atenção com faixas como "Vida de Bêbo" e "Enche o Meu Copo", que conta com participação de Fred e Gustavo. O trabalho foi produzido por Felipe Arna, que já trabalhou com Luan Santana, Fred e Gustavo e Matheus & Kauan.>
"Os melhores produtores do gênero estão em Goiás. É lá que as coisas funcionam, desde o networking, até a preparação vocal", afirma o cantor, que, em breve, estará de volta ao Espírito Santo para uma série de shows. "Serão mais de 20 apresentações no interior do ES e também vou fazer uma turnê pelo norte do Brasil, especialmente o Pará", comemora.>
DE SÓSIA AO SUCESSO>
Felipe Fantin, que ganhou fama no país após ser comparado a Wesley Safadão desde que se apresentou ao lado do cearense há quatro anos - mas que já está na estrada há mais de dez -, é outro exemplo de talento do Estado. O rapaz acredita que o Espírito Santo é celeiro de grandes promessas porque os nossos músicos tem carisma para dar e vender.>
"Pegamos uma faixa com a fórmula pronta e damos uma roupagem própria, um estilo só nosso, que consegue tornar a música mais popular, com uma comunicação mais direta com o público. Conseguimos fazer o hit virar "chiclete", brinca o rapaz, que, recentemente, lançou o seu primeiro DVD, "Segue Sua Vida", nas redes sociais e chega a fazer de dez a 15 shows por mês, principalmente no Espírito Santo, na Bahia e em Minas Gerais. A faixa de trabalho do álbum conta com participação de Alemão do Forró.>
"O DVD me deu uma identidade própria, posso mostrar o meu trabalho além de Wesley Safadão. Já tenho uma apresentação garantida no "Brazilian Day" de Buenos Aires, em junho, e estou preparando uma turnê pela Europa", comemora.>
Mas, e o falado carisma capaz de encantar o Brasil? "O capixaba não tem frescura. Gostamos do contato direto com o público e de ficar à vontade ao lado deles. Sempre estamos nas redes sociais, dando atenção a todos, sem estrelismos", acredita.>
PROFISSIONALISMO>
Renan Faé, gerente de Rádios da Rede Gazeta, afirma que a atual produção musical dos dos artistas locais não deixa nada a desejar em relação ao resto do país. "As letras, os arranjos, a harmonia e a própria produção atingiram um nível técnico de excelência", elogia.>
E a Rádio Litoral FM, inclusive, resolveu louvar esses promissores talentos. No segundo semestre, estreia a segunda temporada do programa "Palco Litoral", sempre as noites de domingo. "Será uma série de dez episódios, em que selecionamos os trabalhos das principais promessas do Estado. O sertanejo, claro, é o ponto alto da atração, mas todos os ritmos são bem-vindos, adianta.>
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