Publicado em 4 de junho de 2018 às 15:11
Cinco anos após lançar um álbum despretensioso, gravado em um estúdio caseiro, nos Estados Unidos, que viralizou na internet, o músico carioca Rubel lança seu novo trabalho, Casas. Mais elaborado, o novo disco traz uma versão mais madura de Rubel, que ele apresenta no show na próxima sexta-feira, dia 8, no Centro Cultural Sesc Glória, em Vitória.>
Casas é mais complexo musicalmente, como define o cantor e compositor. Se o primeiro álbum, Pearl (2013), é quase todo acústico, com voz e violão, e sem arranjos, o novo trabalho traz uma banda completa, com quarteto de cordas, beats eletrônicos e traz a mistura do folk com uma variedade de estilos. Rubel flerta com o samba, MPB, hip hop, rap. É como se o primeiro disco fosse para dentro e o novo para fora, analisa ele.>
São 14 faixas com convidados especiais, como os paulistanos Emicida (em Mantra) e Rincon Sapiência (em Chiste). Sou muito fã deles. O Emicida foi uma inspiração desde o início, acho que ele é um dos maiores compositores da atualidade. O Rincon eu conheci um pouco mais tarde mas também é um dos maiores letristas. Eles tinham tudo a ver com a proposta que eu queria, que era fazer mistura com a rap. Eu não sou rapper e nem ousaria tentar, diz.>
HUMOR POLITIZADO>
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O seu mais recente clipe da faixa Chiste, ao lado de Rincon, mostra um Rubel bem-humorado e dançante. Dirigido e roteirizado pelo próprio artista, é uma sátira a programas como o The Voice. No clipe, a dupla participa do programa The Dance em uma coreografia um pouco desengonçada.>
Sou apaixonado por humor sempre tive vontade de fazer coisas assim. Essa música parecia uma boa oportunidade por ser mais leve e lúdica. A ideia era gravar um clipe de dança, mas não imaginava que seria eu dançando, conta.>
Apesar do humor do clipe, a letra de Chiste mostra em uma de suas rimas o posicionamento político do artista, que canta Quem diz que o homem não chora / Com certeza não colabora / As lágrimas são como Temer / Necessário colocar pra fora. O carioca diz que para ele é importante se posicionar a favor do que acredita.>
Eu acho difícil dizer o que as pessoas têm que fazer. Mas posso falar por mim. Acho que é meu trabalho dialogar com as pessoas, propor ideias e reflexões. A situação está tão grave que se isentar é perigoso porque precisamos de mais vozes falando e lutando pelo que acredita, opina.>
Ao produzir o novo disco, Rubel assume que teve medo da música ter sido um acidente em sua vida, que não sabia se iria conseguir fazer e se o segundo álbum seria tão bom quanto o primeiro.>
O segundo disco para muitos músicos é uma provação. Ou você se reafirma ou se desconstrói. Eu passei por isso. Mas entendi que não vou tentar fingir q não me importo com isso. E o que fiz foi usar isso para me impulsionar e trabalhar muito pra fazer o melhor. Não descansei enquanto não tinha as músicas da melhor forma, admite.>
Lançamento do álbum Casas>
Show com Rubel e show de abertura de Nano Vianna.>
Quando: 8 de junho, às 20h.>
Onde: Centro Cultural Sesc Glória. Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória.>
Ingressos: R$ 40 (meia). >
Confira>
Casas>
Rubel. Dorileo/Natura Musical, 14 faixas.>
Valor: R$ 30. O álbum chega às lojas em junho mas já está disponível nas plataformas de streaming.>
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