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Novo fenômeno da música pop, Kell Smith lança primeiro disco

Novo fenômeno da música pop, Kell Smith lança primeiro disco

Álbum traz sucessos como "Era Uma Vez", que estourou nas rádios de todo o Brasil, e "Respeita As Mina"

Publicado em 28 de abril de 2018 às 00:07

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Em pouco tempo de carreira, a cantora Kell Smith já alcançou o que muitos artistas demoram anos para conquistar. Depois de tocar um ano em barzinhos, em presidente Prudente, São Paulo, sua voz caiu no gosto do produtor e empresário musical Rick Bonadio, um dos maiores nomes da indústria da música no Brasil. Com ele, Kell gravou seu disco de estreia “Girassol”, que acaba de ser lançado.

Cantora Kell Smith, autora dos sucesso "Era Uma Vez" e "Respeita as Mina". (Gustavo Arrais / Divulgação)

O novo álbum inclui os sucessos “Era Uma Vez”, que estourou nas rádios e fez parte até do último DVD de Chitãozinho e Xororó, com quem Kell dividiu o palco. Outra canção que está no CD, que conta com 14 faixas autorais, é “Respeita As Mina”.

Em entrevista ao C2, Kell conta como escreveu a música que foi uma das mais ouvidas em 2017 e a experiência de gravar seu primeiro álbum.

Como começou a cantar?

Eu era uma boa ouvinte de música, mas até aos 12 anos eu só consumia música gospel e não me via como cantora. A música era para me aproximar da minha fé. Mas um dia meu pai me apresentou Elis Regina, e ela mudou minha vida. Há quatro anos fui apresentada a mim mesma como Kell Smith. Toquei um ano em barzinho e foi uma escola. Um ano depois assinei com o Rick Bonadio.

E hoje quais são suas influências musicais?

Desde que conheci Elis ela me apresentou o Tom (Jobim), Vinicius (de Moraes), Belchior, que é a minha maior referência como compositor, Milton (Nascimento), Chico (Buarque) e Caetano (Veloso).

Sua música “Era Uma Vez” virou um grande sucesso. Qual foi sua inspiração ao escrever essa música?

Eu queria falar sobre saudade, que permeia a vida do artista. Comecei a compor em casa. E aí perguntei para os meus amigos que estavam lá do que eles tinham saudade e a infância era um ponto em comum. Me senti na obrigação poética de falar sobre isso porque também sinto saudade da minha infância. Terminei ela no trânsito, indo para um ensaio da minha banda.

E por que acha que ela e “Respeita As Mina” fizeram tanto sucesso?

Eu quero compôr algo que seja relevante ao que as pessoas estejam vivendo. Escrevo para pessoas reais, que pensam e são múltiplas coisas. “Respeita As Mina” é uma canção que veio da necessidade de dizer algo. Uma amiga me contou que sofria violência doméstica e estava em um relacionamento abusivo, eu não sabia o que dizer. A violência não era comigo mas queria estender a mão e fazer algo.

Como foi a gravação de “Girassol”?

É o mesmo processo que eu uso pra compor. Sou muito mais compositora do que cantora. Cada música é um filho, não consigo escolher as preferidas. Então o filtro depende muito mais do Rick do que de mim.

Como foi participar da gravação do DVD do Chitãozinho e Xororó com “Era Uma Vez”?

Eu nem acredito. Eles fazem parte da vida de todos nós e sinceramente não sabia que era tão bom assim. Ao vivo é tão visceral e tão sensível que passei a ser ainda mais fã. Sou outra artista depois de ver como eles são em cima do palco.

E qual seu plano após o lançamento do disco?

Já estou em turnê, mas o lançamento do álbum deixa a turnê com uma identidade ainda maior. Se você percebe minhas influências, vê que é uma geração que compunha um álbum completo, não pensava só em singles como é atualmente. Pra mim é uma honra ter um álbum meu. Lançar um single, para mim, é entregar um livro só com a primeira parte. E vou continuar compondo. Escrevo no avião, antes de entrar no palco e até acordo de madrugada.

Ouça abaixo o disco "Girassol", de Kell Smith:

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