Exposição do artista plástico capixaba Khalil Rodor, "Distâncias do Sentir" ganhou um catálogo, que conta com textos de Erly Vieira Jr; imagens do making of do vídeo "O Mascate", que faz parte da exposição, feitas pela fotógrafa Tati Hauer; além de fotos do documentário "Emigro", dirigido pelo próprio Rodor. A publicação também conta com poemas do artista, de sua mãe e avó. Juntos, os textos criam uma "conexão" sobre a emigração. O lançamento, que marca o último dia de visitação da coletânea, acontece sábado (9), a partir das 15h, na Galeria Homero Massena, em Vitória.
Além do catálogo, Khalil Rodor também apresenta duas performances. Uma delas, "Peneira", é um trabalho inédito, criado especialmente para a ocasião. O artista faz mistério e não quer revelar detalhes da atuação.
"Palavras Não Ditas São Como Barcos Naufragados", por sua vez, tem uma pegada interativa. Aqui, Rodor se junta ao público no intuito de escrever memórias em um papel. Os escritos serão transformados em barcos e depositados em um aquário.
"Distâncias do Sentir" propõe uma viagem sobre a imigração síria no Brasil. O trabalho é dividido em quatro instalações e um vídeo em curta-metragem, "O Mascate". A mostra surgiu a partir da uma pesquisa que teve como base as lembranças de familiares do artista, especialmente sua avó e mãe. "Essa investigação surgiu da ansiedade em entender como a memória modificou a nossa história e, mais metaforicamente, como conseguiu criar novos lugares de pertencimento", adianta Rodor.
Entre as instalações apresentadas, o artista destaca uma porta - retirada de sua casa, em Jacaraípe, na Serra - que está presente na história do clã por várias gerações. "Todos os parentes que estiveram no Brasil passaram por ela. Vejo um significado muito forte com isso. Esse objeto remete ao sentimento de separação que a diáspora traz a todos os imigrantes, filosofa.
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