O cartunista argentino Guillermo Mordillo morreu na noite do último sábado (29), aos 86 anos. Segundo o jornal espanhol El País, ele estava na ilha de Mallorca, na Espanha, onde tinha uma casa que frequentava por longas temporadas.
Mordillo sofreu uma indisposição enquanto jantava com a família no município de Palma Nova, na Baía de Palma. Ele ainda estava ativo na profissão.
Mordillo ficou conhecido por praticamente não usar escrita e nem balões de diálogo em seus cartuns -o que facilitou que sua obra fosse conhecida em todo o mundo. No Brasil, seus desenhos chegaram a ser publicados por revistas e até animados para alguns programas da TV Globo.
Nascido e criado no bairro humilde de Villa Pueyrredón, em Buenos Aires, Mordillo se mudou para o Peru aos 23 anos, onde se dedicou às ilustrações publicitárias. Depois, foi aos Estados Unidos, tendo trabalhado em animações da Paramount, incluindo filmes do marinheiro Popeye.
Entre os anos 1960 e 1970, já morando em Paris, ele ganhou maior destaque. Como não sabia falar francês, abdicou dos diálogos em seus cartuns humorísticos, que evitavam temas políticos. Seus desenhos foram publicados em revistas como Paris Match e Marie Claire, entre outras.
Mordillo se firmou por cartuns marcados pelo humor e por cores fortes, além da presença recorrente de animais como a girafa. Ele também ficou bastante conhecido pelos quadrinhos sobre futebol, que geraram o livro "Futebol & Cartuns", publicado no Brasil em 2015.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta