O compositor, baterista e ativista carioca Marcelo Yuka, fundador do Rappa, morreu, por volta da 23h50 desta sexta-feira, aos 53 anos, em decorrência do quadro de infecção generalizada. Ele estava internado no hospital Quinta DOr, em São Cristóvão, e na madrugada do dia 4 de janeiro entrou em coma induzido.
Yuka, o Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana, sempre foi um guerreiro.
Paraplégico desde 2000, quando foi atingido por nove tiros ao tentar impedir que bandidos assaltassem o carro de uma mulher na frente do seu, no Rio, Yuka acumulou problemas de saúde nos últimos anos. Em agosto de 2018, ele sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e ficou internado por algumas semanas. Na tarde desta sexta-feira (4), notícias sobre a morte do músico tomaram redes sociais e sites após o produtor do Planet Hemp, Marcelo Lobatto, publicar uma foto em sua conta no Instagram sugerindo uma despedida do amigo. Valeu Yuka! Obrigado por tudo! Sentiremos eternamente a sua falta, ele escreveu. Yuka criou sucessos como Pescador de Ilusões e Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero), do grupo O Rappa, que fundou em 1993 e do qual foi expulso em 2011, após brigar com os demais membros. Em 2017, ele lançou seu primeiro álbum solo, Canções para Depois do Ódio, mesclando ritmos afro-brasileiros e dub.
Yuka permaneceu no Rappa até 2001, pouco após ficar paraplégico. A saída teve tons de amargura. Ele dizia que tinha sido tirado da banda 50% por ganância, 50% por poder. A partir de então, o Rappa (então liderado por Marcelo Falcão; agora parado) e Yuka seguiram caminhos diferentes. Filiado ao PSOL, foi candidato a vice-prefeito do Rio na campanha de Freixo em 2012.
A amiga Maria Rita foi uma das primeiras a lamentar a morte do músico em sua conta no Twitter.
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