Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 16:35
Domingo à noite, por volta das 21h, sites como o Deadline e o The Hollywood Reporter começaram a noticiar a possibilidade de a Netflix disponibilizar The Cloverfield Paradox após o encerramento do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano o evento mais concorrido da TV americana e o que tem o comercial mais caro. Durante veio a exibição do primeiro trailer do filme e a confirmação: o filme estaria disponível assim que o jogo entre Philadelphia Eagles e New England Patriots chegasse ao fim.>
Uma surpresa? Sem dúvida! Inesperada? Nem tanto. O terceiro Cloverfield, sucessor dos ótimos Cloverfield Monstro (2008) e Rua Cloverfield, 10 (2016), vinha há tempo sendo empurrado pela Paramount; o filme tinha estreia marcada para abril de 2017, mas o último adiamento o colocava nos cinemas em 24 de abril deste ano.>
Se tem uma coisa certa em Hollywood é que estúdios só adiam filmes nos quais não têm confiança. Por isso, a notícia de que a Netflix seria casa para o filme caiu como uma luva como uma plataforma de streaming, ela não se importa com bilheterias. A Paramount, assim, recuperaria ao menos parte do que investiu no longa e o serviço de streaming ficaria feliz da vida com um filme que, bom ou ruim, atrairia espectadores à sua plataforma.>
Mas e o filme?>
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Dirigido pelo inexperiente Julius Onah, The Cloverfield Paradox começa bem. Após anos sofrendo com a falta de recursos na Terra, uma equipe internacional é enviada ao espaço com a missão de testar um dispositivo que pode gerar energia sustentável. O problema é que as primeiras dezenas de testes deram errado e o desespero começa a tomar conta de todos.>
Quando a equipe tem êxito em uma tentativa, situações bizarras começam a acontecer dentro da estação espacial. Situações que podem ter a ver com o paradoxo do título, algo que já era alertado por especialistas na Terra.>
A situação, que a princípio deixa o espectador tenso, não é bem desenvolvida pelo roteiro ou ao menos não foi no corte final do filme. Enquanto algumas escolhas funcionam bem (a personagem que aparece misteriosamente na nave), outras servem apenas para fazer o roteiro andar. Mesmo que explicações não sejam o forte da franquia Cloverfield, as coisas precisam ao menos fazer sentido.>
O elenco é muito bom, com rostos conhecidos e até alguns alívios cômicos funcionais. Além disso, com as refilmagens feitas para encaixar o filme na saga, a trama, como um todo, funciona o espectador vê ambientes e situações previamente discutidos nos dois filmes anteriores.>
A impressão que fica, porém, é de que um dia, antes de todos os cortes e refilmagens, pode ter havido alguma história boa para The Cloverfield Paradox, que poderia ter sido uma boa ficção científica com toques de terror, mas, no fim, escapa de ser terrível pelas boas atuações e por fazer parte de um mundo interessante. Uma surpresa, sim, mas não uma das boas.>
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