Publicado em 25 de maio de 2018 às 20:24
O ano era 1977, época de filmes como Os Embalos de Sábado à Noite, 007 O Espião que me Amava e, para os mais alternativos, Eraserhead, de David Lynch. Mas nenhum longa desse ano marcou mais o cinema do que Star Wars (hoje com o subtítulo Uma Nova Esperança). A produção quebrou diversos recordes de bilheteria e consolidou de vez (juntamente com Tubarão, de 1975) a expressão blockbuster americano. Mas muito mais do que uma grande bilheteria, Star Wars apresentou ao público diversos personagens icônicos, como Luke, Leia, o temido Darth Vader e um dos personagens mais memoráveis da saga: o contrabandista Han Solo, interpretado por Harrison Ford.>
O personagem conquistou o público com seu carisma, ficando eternizado na cultura pop. E, após 41 anos, sete sequências e um prelúdio, finalmente chegou aos cinemas o filme solo (trocadilho infame) do famoso e inesquecível criminoso, desta vez interpretado pelo jovem Alden Ehrenreich.>
Han Solo: Uma História Star Wars, que mostra o personagem em sua juventude, teve diversos infortúnios durante a produção, como o desligamento dos diretores Phil Lord e Christopher Miller do projeto, o que fez com que a Lucasfilm trouxesse Ron Howard, diretor de Uma Mente Brilhante e No Coração do Mar, para comandar o projeto. E ele acabou sendo um dos principais problemas do filme, repetindo o principal erro de No Coração do Mar: a falta de um elemento catártico na trama.>
Apesar de ser feito de forma competente, da computação gráfica à edição, o longa é morno e sem energia, o que atrapalha o público a se envolver emocionalmente com as cenas e, consequentemente, com os personagens.>
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ATUAÇÕES>
Falando sobre personagens, Alden Ehrenreich não tenta copiar o estilo de atuação de Harrison Ford. Mesmo repetindo alguns maneirismos do Han Solo original, ele parece autêntico no papel. Infelizmente, o roteiro e a direção não ajudam o ator, que acaba não tendo um momento para se provar.>
Já Chewbacca (Joonas Suotamo) tem maior espaço neste filme do que nos anteriores e é bem desenvolvido. Donald Glover está muito bem como Lando: tem carisma, charme e até um pouco de covardia, mas é pouco favorecido pelo roteiro, não tendo oportunidade para mostrar o melhor de seu personagem. Emilia Clarke, por sua vez. está operacional como Qira, mas parece que sua personagem está no filme apenas para ter algum arco a ser explorado em uma possível sequência, o que nunca é bom.>
Apesar de ter boas ideias, Han Solo: Uma História Star Wars é um filme esquecível e que não tem razão para existir. Uma pena, pois um dos maiores personagens do cinema merecia uma história melhor.>
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