> >
Há 25 anos sem inéditas, Pepeu Gomes lança 18º disco solo

Há 25 anos sem inéditas, Pepeu Gomes lança 18º disco solo

Músico buscou nova sonoridade sem perder a identidade musical construída ao longo da carreira

Publicado em 26 de outubro de 2018 às 21:49

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

Durante o processo de produção de seu novo disco, “Eterno Retorno”, lançado na última quinta-feira (25), Pepeu Gomes fez questão de manter seu ponto de partida: o primeiro passo foi gravar os riffs de sua inconfundível guitarra; só depois os produtores trabalharam com elementos diferentes em cima disso.

Não foi à toa. Embora esteja em busca de renovar o próprio trabalho, Pepeu faz questão de priorizar sua identidade musical, construída desde a infância, bem antes de ajudar a formar o Novos Baianos ao lado de Moraes Moreira, Paulinho Boca, Galvão e Baby do Brasil.

Com o lançamento de “Eterno Retorno”, Pepeu chega à marca de 44 discos na carreira, sendo 18 solo, encarando o desafio de buscar novos caminhos e públicos.

“Queria me reciclar. Fiquei alguns anos tentando ver como seria a renovação dentro da minha personalidade musical, mas sem perdê-la. Eu acho que acertei muito escolhendo produtores jovens, com quem cheguei a um denominador comum. Hoje, neste disco, temos um Pepeu renovado artisticamente e musicalmente”, destaca o ícone da guitarra brasileira, em entrevista por telefone ao Gazeta Online.

PRODUÇÃO

A produção, conforme conta Pepeu, ficou por conta de Cyro Telles, Kevin White e Filipe Pascual, filho do músico. Entre começar uma atividade e outra, a equipe gastou um ano na empreitada.

Primeiro, Pepeu fez uma triagem entre 400 músicas, enxugou o número para 100, depois para 20, até chegar nas 11 faixas finais. O critério? “Não me repetir”, diz Pepeu, que traz parcerias significativas com outros grandes nomes como Nando Reis, Zélia Duncan e Arnaldo Antunes.

O primeiro single do disco é “Aos Poucos”, gravada com o ruivo ex-Titãs, que traz refrão envolvente e ritmo que remete a influências caribenhas. “Já vinha conversando com o Nando há algum tempo, uma hora precisávamos fazer algo juntos, porque temos uma identificação sonora mesmo. A Zélia é outra pessoa com quem eu tinha muita vontade de compor, porque é uma pessoa que, além de tudo, tem conhecimento da poesia”, elogia Pepeu.

Apesar de começar vigoroso, com a dançante “Sexo Frágil”, “Eterno Retorno” desacelera do meio para o final – o que não quer dizer perda da qualidade musical. A intenção, segundo o renomado guitarrista, era mesmo essa, até para trazer um contraponto à sua própria facilidade para construir “coisas muito pauleira”, como faz questão de ressaltar.

“Às vezes essa minha facilidade faz com que as coisas fiquem muito ‘over’ de energia, compreende? Por mim, fazia um disco todo nessa onda mais forte, mas os produtores encontraram um ponto de equilíbrio, e no fim de tudo achei legal, com uma ordem bacana para que as pessoas não tenham vontade de tirá-lo da vitrola”, conclui Pepeu, atencioso e bem-humorado do início ao fim da ligação.

O músico continua com a turnê em comemoração aos mais de 50 anos de carreira, e prevê abrir o giro do novo trabalho em março do próximo ano.

Eterno Retorno

Pepeu Gomes. Independente, 11 faixas. Disponível nas principais plataformas de streaming.

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais