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Governo vai priorizar análise de projetos culturais sem 'aglomeração de pessoas'

Governo vai priorizar análise de projetos culturais sem 'aglomeração de pessoas'

Portaria publicada nesta sexta, 16, coloca propostas de eventos com público, que seriam realizados mais para a frente, no fim da fila

Publicado em 16 de abril de 2021 às 15:22

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Mario Frias assumiu em junho 2020 a Secretaria Especial da Cultura, no governo de Jair Bolsonaro
Mario Frias assumiu em junho 2020 a Secretaria Especial da Cultura, no governo de Jair Bolsonaro. (Instagram/mariofriasoficial)

A partir de agora, a Secretaria Especial da Cultura vai priorizar, na análise de projetos culturais, aqueles que serão realizados online ou, ainda, projetos de livros e de restauro do patrimônio histórico. A portaria que dispõe sobre os critérios de priorização da análise de propostas culturais recebidas pela Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura em razão dos efeitos da pandemia da covid-19 foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 16.

Segundo o texto, a ideia é deixar a análise de projetos culturais que "envolvam aglomeração presencial de pessoas" para o fim da fila. A portaria vale pelos próximos 30 dias. Se ela for prorrogada, isso poderá comprometer projetos previstos para serem realizados presencialmente quando a crise sanitária for controlada, como peças, musicais, festivais literários, etc.

As propostas serão analisados por ordem de recebimento no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (SALIC) e serão homologadas, por meio de publicação no Diário Oficial da União, somente após concluída a fase de admissibilidade, diz o texto. E aquelas propostas que envolvem edições presenciais serão analisadas após a conclusão das análises das outras, sem a presença física do público, e desde que o proponente envie junto "um termo de compromisso assinado conferindo adequação da execução da proposta às medidas restritivas e sanitárias vigentes, editadas pelas autoridades competentes, decorrentes da pandemia da pandemia da covid-19".

A Secretaria Especial da Cultura, comandada por Mário Frias, causou polêmica recentemente ao suspender o repasse de novos recursos para atividades culturais em Estados e municípios que adotaram restrição de locomoção e de atividades econômicas como medida de combate ao coronavírus.

"Só serão analisadas e publicadas no Diário Oficial da União as propostas culturais, que envolvam interação presencial com o público, cujo local da execução não esteja em ente federativo em que haja restrição de circulação, toque de recolher, lockdown ou outras ações que impeçam a execução do projeto", dizia o texto da portaria publicada em 5 de março. Aquela decisão tinha validade de 15 dias.

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