Os amantes da Sétima Arte continuam "curtindo" o friozinho da região serrana capixaba, mesmo que seja apenas virtualmente. Menos de um mês após a realização do Fecsta, em Santa Teresa, chegou a vez de Domingos Martins receber a terceira edição do FestCine Pedra Azul, que, por conta da pandemia do novo coronavírus, também será realizado em formato on-line, de terça (4) a sábado (8), com programação totalmente gratuita. As exibições acontecem no site do evento.
Mesmo sem a presença calorosa do público, que costuma lotar as sessões, Lucia Caus, diretora executiva do evento (que também organiza o Festival de Cinema de Vitória), garante que a mostra de Pedra Azul confirma o caráter de resistência do audiovisual capixaba. "Conseguimos mais um espaço potente para o fomento da produção audiovisual dentro do Espírito Santo. É um festival que nos dá oportunidade de assistir um recorte cinematográfico do que está acontecendo no Brasil e em diversas partes do mundo, acredita.
O FestCine Pedra Azul irá exibir 66 títulos, divididos entre longas e curtas-metragens, nas Mostras Brasil e Internacional. Para a edição de 2020, o evento recebeu 788 inscrições de 14 países, incluído de nações que possuem uma indústria de cinema sólida, como Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália e México. Um excelente intercâmbio para os realizadores capixabas.
Serão duas mostras competitivas, a Brasil e a Internacional. As produções nacionais estão divididas em Longa-Metragem; Curta-Metragem; Documentário; Animação; e Websérie. Na seção internacional, os trabalhos serão exibidos em Longa-Metragem; Curta-Metragem; Documentário e Animação. As produções concorrem ao Troféu Rota do Lagarto.
Destaque para a exibição do italiano, inédito em circuito comercial, "I Married My Mother", de Domenico Costanzo. Trata-se de um melodrama que lida com o delicado tema o Mal de Alzheimer. Nicola Pecci tem elogiada atuação como Saverio, um homem que precisa reconstruir sua vida enquanto tenta lidar com a doença da mãe, Rosa, vivida por Rosanna Susini.
Marcoz Gomez, também diretor do festival, conta como a mostra precisou se reinventar para acontecer, em épocas da covid-19. "Foi um grande desafio a realização desta edição, pois tivemos que nos readaptar para o formato on-line, sem perder a essência do festival. Mas é gratificante reconhecer nosso poder de reinvenção e trazer uma programação incrível para os fãs do cinema, comemora, apontando que um dos destaques é a homenagem ao ator Marcos Caruso. A cerimônia acontece sábado (8), às 20 horas, no site do festival.
De talento inquestionável, e caráter multifacetado, Caruso já participou de 16 filmes, 26 novelas e 28 espetáculos de teatro, além de ter feito trabalhos como diretor, dramaturgo e roteirista.
No cinema, depois de sua estreia na década de 1970, com o longa-metragem "Viúvas Precisam de Consolo", de Ewerton de Castro, retornou à tela grande em 2001, no premiado "Memórias Póstumas", de André Klotzel, adaptação do clássico de Machado de Assis. Na TV, atuou em papéis que o tornaram bastante popular, como Leleco, de "Avenida Brasil", e Alex, de "Páginas da Vida".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta