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Escultor Angelo Venosa abre mostra para comemorar 20 anos do Museu Vale

Escultor Angelo Venosa abre mostra para comemorar 20 anos do Museu Vale

Egresso da "Geração 80", Venosa exibe peças inéditas na exposição "Penumbra" a partir desta quinta-feira (24)

Publicado em 23 de maio de 2018 às 16:35

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Angelo Venosa foi um dos poucos artistas surgidos na chamada “Geração 80” que dedicou-se à escultura, e não à pintura. O processo, segundo o escultor, veio de uma construção pessoal com a arte, já que desde bem jovem pendia para um universo mais lúdico e experimental. Movido por esse instinto, Venosa aceitou o convite do Museu Vale e idealizou a exposição “Penumbras”, aberta ao público a partir desta quinta-feira (24) para comemorar os 20 anos da instituição.

Na mostra inédita, o paulistano radicado no Rio de Janeiro reúne resultados de novos horizontes de investigação e pesquisas estéticas. São esculturas incorporadas às suas próprias sombras, causando um efeito poético e até mesmo filosófico ao ambiente.

“Trazemos uma exposição em caráter de instalação, mostrada de uma maneira pouco usual, já que é um ambiente escuro e as peças têm sombras muito bem desenhadas. Há situações em que a peça é a própria sombra, e não o objeto que está provocando a sombra”, detalha o artista em conversa por telefone com o Gazeta Online.

Seis das esculturas foram criadas especialmente para a mostra, composta por objetos em madeira, alumínio, fibra de vidro e plástico. Há obras construídas por meio de impressora 3D, mais recentes, e outras produzidas ainda na década de 1980. A união demonstra a versatilidade e a coesão do trabalho de Venosa, formado originalmente em Desenho Industrial.

PROPOSTA

O fio condutor do trabalho do artista na mostra é a pouca luz, que causa um efeito de sombras. Para Venosa, esse elo é mais importante do que as obras isoladas, até mesmo pelo fato de a exposição ter sido pensada exclusivamente para o ambiente do Museu Vale.

“Esse conjunto todo foi reunido para esse evento, para essa ‘caixa comprida’ (se refere à galeria do museu). Vi que podia deixar no escuro, era um desejo que eu tinha. Acho que para o público, a primeira olhada é o barato. Imagino como é a surpresa de quem chega de um ambiente iluminado e entra no lugar escuro, até pelo processo de perceber a pupila abrindo”, diz o escultor, entusiasmado.

Para Vanda Klabin, responsável pela curadoria da mostra, o maior desafio na montagem foi justamente explorar a ambiguidade perceptiva presente no trabalho de Angelo. A intenção, segundo Vânia, foi valorizar a natureza enigmática das sombras e propor novas experiências aos visitantes.

Não é o primeiro trabalho de Vanda com Angelo. No ano passado, a curadora chegou a participar de uma grande exposição do artista em Curitiba.

“Ele tem esse dom de evocar olhares pela obra e pela presença física da obra. Estamos tratando de algo contemporâneo, de um diálogo muito culto sobre as sombras, uma dicotomia no espaço”, conclui a curadora.

Penumbra - Exposição de Angelo Venosa

Quando: de hoje a 9 de setembro. Visitação de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h.

Onde: Museu Vale. Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n, Argolas, Vila Velha.

Entrada gratuita.

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Informações: (27) 3333-2484.

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