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Crítica: novo 'Mary Poppins' é o filme mais encantador de 2018

Crítica: novo "Mary Poppins" é o filme mais encantador de 2018

Filme estrelado por Emily Blunt mostra o reencontro da babá mágica e da família Banks

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 23:51

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18/09/2018 - O Retorno de Mary Poppins terá Emily Blunt no papel da babá mágica. (Divulgação)

Algumas obras são tão memoráveis que merecem descansar em paz. Todo cuidado, afinal, é pouco para não estragar um legado, mas é claro que Hollywood não se importa muito com isso – os estúdios não resistem à oportunidade de fazer dinheiro, custe o que custar. É por isso que “O Retorno de Mary Poppins”, que estreia hoje no Estado surpreende tanto.

Primeiro porque foram capazes de deixar o clássico com Julie Andrews descansar calmamente por mais de meio século (o filme original é de 1964), e segundo porque o novo filme, que traz Emily Blunt como a babá cheia de poderes, é realmente bom, não apenas um caça-níquel desalmado.

MAGIA

Enquanto 54 anos se passaram para nós desde o primeiro filme, o segundo se situa 25 anos após a trama original. As crianças Banks – Jane (Emily Mortimer) e Michael (Ben Whishaw) – estão crescidas e têm que lidar com as durezas da vida adulta. Jane não tem tempo para a vida pessoal e Michael vive em luto após a morte da esposa ao mesmo tempo que tem que cuidar de seus três filhos, Annabel (Pixie Davies), John (Nathanael Saleh) e Georgie (Joel Dawson), em meio à Grande Depressão. A magia ensinada a eles por Mary há muito ficou no passado, e é por isso que a babá chega novamente à residência Banks como se o tempo não tivesse passado.

"O Retorno de Mary Poppins". (Disney/Divulgação)

A nova união de Mary e os Banks encanta o espectador. Os irmãos precisam reaprender o que há de mais importante na vida: o tempo que se passa junto às pessoas queridas, mensagem que Michael, sem tempo para essas “besteiras” nunca passou a seus filhos, que, por isso, inicialmente resistem à presença de Mary Poppins.

HOMENAGEM

Apesar de ser uma continuação, “O Retorno de Mary Poppins” funciona mais como uma homenagem e uma maneira de trazer o encanto da história original às novas gerações. As novas canções e os números musicais são tão empolgantes quanto os originais e Emily Blunt brilha no papel principal sem tentar imitar Julie Andrews. Lin Manuel Miranda, por sua vez, praticamente recria a atuação de Dick Van Dyke (que aparece no filme), ainda que como outro personagem.

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O roteiro não é inovador e nem “adaptado” aos novos tempos. “O Retorno de Mary Poppins”, assim como o filme original, é feito para encantar e divertir; é um filme caloroso e cheio de nostalgia. A obra perfeita para tempos em que todos se levam a sério e proferem discursos de ódio.

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