Publicado em 5 de julho de 2018 às 15:57
Nas entrevistas que deram ao jornal O Estado de S. Paulo sobre Mulheres Alteradas - que estreia nesta quinta-feira, 5 -, Alessandra Negrini e Deborah Secco falaram de suas personagens no longa de Luis Pinheiro, uma adaptação da HQ da argentina Maitena Burundarena.>
O filme conta as histórias cruzadas de quatro mulheres em momentos críticos de suas vidas. Alessandra (que vive a personagem Marinati) fez uma confissão interessante. Embora interprete a mais poderosa e independente das quatro alteradas, disse que entendia todas pelo simples motivo que elas lhe pareciam a mesma mulher em diferentes momentos, e ela já passara por todos. Deborah, que interpreta Keka, que tenta salvar seu casamento, disse que se identificava mais com o marido Dudu - vivido por Sergio Guizé -, que empurra com a barriga e deixa para a mulher a decisão de terminar com o casamento.>
Monica Iozzi, que faz Sônia, com dois filhos para criar e sonha com um fim de semana de solteira, identifica-se mais com a irmã da ficção, que vai ajudá-la na tarefa. Monica também faz a confissão mais curiosa. "Quando vim para São Paulo para fazer teatro, meu primeiro emprego foi na Livraria Cultura, no setor de arte. E foi lá que descobri a Maitena, que estava saindo no Brasil naquele momento. Maitena costuma dizer que as mulheres não são iguais, mas passam pelas mesmas coisas. E eu me encantei ao descobrir que essas coisas são mesmo iguais, no Brasil, na Argentina e não sei onde mais. Mas é preciso uma sensibilidade especial para captar e expressar isso.">
Mulheres Alteradas não nasceu como um projeto do diretor Luis Pinheiro. A proposta partiu da produtora O2. Mas por que um homem se interessa por essas histórias de mulheres? "Porque eu gosto delas, ora. Com a Andréia Barata, produtora, e o Caco Galhardo, roteirista, buscamos na Maitena as questões atemporais. Os pensamentos que não se conectam com o momento, mas que vão sempre pintar na cabeça das mulheres. E havia também uma questão de forma. Como adaptar a linguagem dos quadrinhos para o cinema? Como conciliar com o plano-sequência, que me atrai muito. Esse foi o desafio." Pinheiro conseguiu. As comédias brasileiras têm tentado e, às vezes, conseguido expressar as questões urgentes das mulheres. Mas com uma proposta sólida e eficiente de linguagem, é a novidade de Mulheres Alteradas.>
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Claro que não se trata de uma questão transcendental para se ficar pensando, mas por que Monica Iozzi se chama assim? Provavelmente pelo mesmo motivo de outras tantas Monicas da geração dela. Sua irmã mais velha adorava a Turma da Mônica e, quando a mãe anunciou que ia ganhar uma irmãzinha, a menina bateu pé - Vai ser Mônica. E foi. O que nenhuma das duas, nem o pai, a mãe, poderia imaginar era que, tanto tempo depois, Monica Iozzi faria a mãe da Mônica no filme que Daniel Rezende realiza.>
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