Publicado em 10 de julho de 2019 às 22:08
Nos preocupamos neste ano em levantar símbolos do Espírito Santo e em linkar esses símbolos de forma que possamos fortalecer o mercado editorial capixaba, atraindo o público, ressalta, de cara, o editor e escritor Saulo Ribeiro, que participa com sua editora Cousa, sediada em Vitória, de mais uma edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que teve início nesta quarta (10).>
A Cousa, junto com outras editoras de perfil semelhante, como a LetraSelvagem (SP) e editora Feminas (SP), ocupa um espaço na antiga prisão do Centro Histórico da cidade até o próximo domingo (14), quando o importante evento literário encerra as atividades.>
Por lá, o espaço aberto ao público é dividido em quatro salas-celas, onde rolam atividades como painéis, mesas de discussão, rodas de conversa, palestras e debates de temas urgentes nos campos artístico, literário, sociológico, histório e político.>
Trouxemos o projeto Sampaiada, porque Sérgio Sampaio é uma figura nossa que também foi muito cultuada no meio literário. Convidamos o Rodrigo Moreira, autor da biografia, além do escritor Manoel Herzog. Também teremos o relançamento do songbook do Sérgio, explica Saulo, em conversa por telefone com o C2.>
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Na Flip, a editora vai lançar ainda os livros de Matusalém Dias de Moura, Marco Kbral e Stella Motta, além de viabilizar o pocket-papo-show com João Moraes. A Cousa Bar Café também levou para o evento cafés especiais do Espírito Santo, apresentados e preparados pela barista Natielly Nobre.>
RESISTÊNCIA>
O editor lembra que a Flip é um dos principais eventos do calendário literário e editorial brasileiro, e que a programação paralela que ocupa casas, barcos e as ruas da cidade histórica está cada vez mais importante, considerando os cortes no orçamento da programação principal.>
Essa programação paralela mantém viva a festa em Paraty. No ano passado, estávamos no mesmo lugar com quinze editoras reunidas, neste ano somos em seis, detalha o editor.>
Para Saulo Ribeiro, mais do que marcar presença, o interesse é de construir pontes com outros editores, escritores e figuras atuantes na cena literária brasileira.>
Nosso objetivo é fazer parcerias, reforçar a união, remontar nossa rede. É quando nos encontramos com pequenos editores para bolar projetos conjuntos, já estamos pensando em coisas boas para fazer no Espírito Santo, garante.>
O coro de resistência é reforçado pelo também editor, escritor e professor Marcelo Nocelli, de São Paulo. Foi Nocelli, responsável pela editora Reformatório (SP) quem mobilizou os editores reunidos na antiga cadeia da cidade.>
Vimos muitas mudanças nos últimos anos e, com alguma sorte e algum esforço, nos estabelecemos durante a festa em um local que está no mapa turístico da cidade, que é a antiga cadeia. Isso já nos coloca no circuito. É interessante estar de alguma forma completamente independente em um lugar histórico. É resistência, sim, salienta Nocelli. >
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