É preciso agir preventivamente para evitar retrocessos no combate à Covid

Diante da presença de nova subvariante da Ômicron no Estado, manter o esquema vacinal em dia é a principal estratégia para proteger a população contra o risco da doença

Publicado em 11/11/2022 às 01h00
Mulher de máscara para se proteger do novo coronavírus
Há risco de aumento dos casos de Covid no país nas próximas semanas. Crédito: Pixabay

Depois de mais de dois anos de pandemia do novo coronavírus, o Espírito Santo e o restante do país voltaram, nos últimos meses, a um aparente estado de normalidade. Com os números de casos e mortes em queda, graças à política de imunização contra a Covid-19 iniciada no ano passado, foi possível praticamente abolir do dia a dia a adoção de medidas que viraram símbolo do período mais crítico da doença, como o uso de máscaras em ambientes fechados.

Porém, o vírus não desapareceu e ainda gera novas variantes. A mais recente delas é a BQ.1, subvariante da Ômicron, responsável pela nova onda de casos de Covid-19 na Europa. O que já faz especialistas preverem o risco de um aumento de registros da doença no Brasil nas próximas semanas.

Como possível sinal da ação dessa subvariante, dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que o índice de casos confirmados em relação aos testes realizados saltou de 2,9%, na semana de 23 a 29 de outubro, para 5,7%, entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro.

Toda essa situação acende um alerta sobre a necessidade de a população e os órgãos púbicos se manterem vigilantes em relação às medidas de proteção contra a doença.

A mais importante delas é manter em dia o cartão de vacinação contra a Covid. Especialistas garantem que os imunizantes disponíveis são eficazes ante essa nova linhagem do vírus, sendo capazes de evitar casos graves da doença.

De acordo com a Sesa, 84% da população no Estado está imunizada com as duas primeiras doses. Porém, apenas 22% receberam a quarta dose, o que engloba as duas de reforço já liberadas.

Quando se trata do público infantil, os números são ainda mais preocupantes. Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, apenas 3,7% do total de crianças de 3 a 4 anos no Estado receberam as duas doses já liberadas de vacina contra a Covid. Os dados foram obtidos no DataSUS, do Ministério da Saúde, a partir de julho deste ano, quando a imunização com a Coronavac nessa faixa etária passou a ser recomendada pelo governo federal.

Ao mesmo tempo, apesar de estar aprovada desde setembro pela Anvisa, a aplicação da vacina Comirnaty, da Pfizer, em crianças entre 6 meses e 4 anos, ainda não teve início no país. A previsão é que o primeiro lote desse imunizante chegue nesta sexta-feira (11) ao Estado. A partir daí, é preciso dar celeridade à vacinação desse grupo, que se encontra desprotegido.

A necessidade de proteção também envolve ficar atento aos sintomas da subvariante, que são os mesmos das outras mutações do coronavírus: febre, coriza, problemas gastrointestinais, rouquidão e dores no corpo, na cabeça e na garganta. Em caso de algum desses sinais, o melhor caminho a seguir é submeter-se ao teste da Covid. Se o resultado for positivo, é essencial se manter em isolamento pelo período recomendado, para evitar que a doença se alastre.

Todo cuidado ainda é pouco. Depois do alívio pelo fim das restrições, a responsabilidade de não haver um novo avanço da Covid é tanto do cidadão quanto dos órgãos públicos. À população, como dito anteriormente, cabe a adoção das já difundidas medidas de proteção, sobretudo a manutenção do esquema vacinal em dia.

O governo, por sua vez, precisa desenvolver um esquema de imunização preventivo. O que inclui o planejamento da aplicação de novas doses de reforço no combate ao coronavírus, assim como já ocorre anualmente contra a gripe.

Já foram mais de 1,2 milhão de casos de Covid registrados no Estado, com 14.836 mortes, em quase três anos de pandemia. Não podemos permitir retrocessos que façam esses números crescerem ainda mais.

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