Trabalhadores aprovaram na noite desta terça-feira (10) a greve dos Correios no Espírito Santo por tempo indeterminado, a partir de meia-noite. De acordo com informações dos Correios, a "paralisação parcial não afeta os serviços de atendimento da estatal no Espírito Santo".
A reportagem do Gazeta Online esteve na agência dos Correios no Centro e constatou que há atendimento ao público. Mas muitos funcionários do setor de distribuição aderiram ao movimento de paralisação.
REIVINDICAÇÕES
Os funcionários dos Correios reivindicam um reajuste de 3,25% referente à inflação do período e são contra a retirada de direitos como o corte de ticket-alimentação nas férias e afastamentos.
De acordo com informações do sindicato dos trabalhadores dos Correios, a partir da manhã desta quarta-feira (11), os trabalhadores realizarão piquetes na porta das unidades e depois devem se encaminhar ao prédio central dos Correios, no Centro de Vitória, onde haverá assembleia para avaliação do movimento.
CORREIOS
Por meio de nota, os Correios atualizaram a situação sobre a paralisação. Veja na íntegra:
"A paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada nesta terça-feira (10) pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal no Espírito Santo.
A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. No Espírito Santo, 83,65% dos empregados estão trabalhando normalmente.
Negociação Conforme amplamente divulgado, os Correios estão executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade. Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foram apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa.
Vale ressaltar que, neste momento, um movimento dessa natureza agrava ainda mais a combalida situação econômica da estatal. Por essa razão, os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira."
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