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Trabalhadores dos Correios ameaçam entrar em greve no ES

Trabalhadores dos Correios ameaçam entrar em greve no ES

Atualmente, são mais de 1,7 mil funcionários no Espírito Santo, todos eles efetivos. O motivo da paralisação é a briga por reajuste salarial

Publicado em 7 de setembro de 2019 às 17:13

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Correios: trabalhadores vão discutir se cruzam os braços no Espírito Santo. (Divulgação)

Em meio às discussões sobre a privatização dos Correios, anunciada pelo governo federal, trabalhadores da estatal ameaçam entrar em greve no Espírito Santo.

O motivo da paralisação, no entanto, segundo o sindicato que representa a categoria no Estado, é a briga por reajuste salarial. Os funcionários dos Correios pedem a reposição da inflação, o que representaria um aumento de 3,25%.

Outras reivindicações também fazem parte da pauta de uma assembleia convocada para esta terça-feira (03) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios Prestadora de Serviços Postais, Telegráficos, Encomendas e Similares do Estado do Espírito Santo (Sintect-ES).

Segundo o presidente do sindicato, Fischer Moreira, que também é secretário de comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios, a estatal quer que o funcionário pague mais pelo plano de saúde. Atualmente, o trabalhador arca com 30% do valor do plano, mas empresa tenta, de acordo com Fischer, aumentar essa participação para uma quantidade entre 40% e 50%.

Ainda segundo o representante da categoria, os Correios também querem reduzir o ticket-alimentação de 30 para 21 dias. "Estamos tentando chegar a um consenso há mais de dois meses, mas não houve menor vontade por parte do governo de negociar. Nós não vemos outra saída que não seja parar a atividade já que não há conversa e nós queremos apenas a manutenção dos nossos direitos."

ASSEMBLEIA

A assembleia desta terça-feira, que vai acontecer à noite, em Vitória, vai discutir a adesão ao movimento grevista, que é nacional. Se a categoria aderir à greve, os trabalhadores cruzarão os braços já a partir da 0h de quarta-feira (03). O presidente do sindicato, porém, vai sugerir que essa decisão seja adiada para o dia 10.

"Nós temos duas federações nacionais. Uma delas, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect), marcou a assembleia para o dia 10. Queremos decidir também nesse dia para que toda a categoria no Brasil fique unida", explica o presidente do Sintect, que é filiado à Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios (Fentec).

Em agosto, o governo anunciou a privatização dos Correios e da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), entre várias outras estatais. Atualmente, os Correios têm mais de 1,7 mil funcionários no Espírito Santo, todos eles efetivos - em todo o Brasil são 115 mil.

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Apesar da Codesa e dos Correios serem empresas públicas, elas possuem personalidade jurídica própria (CNPJ) e um regime de contratação diferente dos órgãos de administração direta, que são aqueles ligados diretamente ao chefe do Poder Executivo, como ministérios e secretarias. Por isso, seus empregados não possuem estabilidade no emprego.

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