Publicado em 7 de junho de 2025 às 16:23
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou que os auditores da Receita Federal suspendam, de forma imediata, a greve ou qualquer outra ação que interfira no funcionamento regular do órgão.>
A decisão foi proferida nesta sexta-feira (6) pelo ministro Benedito Gonçalves e estabelece multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento. Os auditores são representados pelo Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil).>
A ação foi movida pela União, que alegou que a intensificação do movimento grevista tem comprometido a prestação de serviços essenciais. Segundo o governo, a paralisação fere o princípio da proporcionalidade, os direitos da coletividade e prejudica a governança da Receita Federal.>
Ao analisar o caso, o ministro Benedito Gonçalves ressaltou que, embora o direito de greve dos servidores públicos seja garantido pela Constituição e tenha sua legitimidade reconhecida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), é fundamental resguardar o interesse público, especialmente no que se refere à continuidade de serviços considerados essenciais.>
>
Em relação às atividades essenciais, o ministro destacou que a legislação determina que sindicatos, empregadores e trabalhadores têm a obrigação de garantir a continuidade dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da população durante o período de greve.>
Além disso, a lei exige que, no caso desses serviços, as entidades sindicais comuniquem a decisão pela paralisação aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 horas.>
A greve é a mais longeva da categoria, de acordo com o Sindifisco, sendo iniciada em 26 de novembro.>
Os auditores pedem um reajuste do vencimento básico, que é o mesmo desde 2016, segundo o sindicato -com a exceção de 9% para todas as carreiras, acordado em 2023.>
Os auditores recebem outros pagamentos: há uma gratificação por desempenho e um bônus de produtividade.>
O Sindifisco reclama que a Receita alterou algumas regras sobre o bônus com a greve em andamento. Essas mudanças foram "feitas sem qualquer consulta ao sindicato em um momento de tensões crescentes", diz um comunicado do sindicato.>
Cerca de metade dos auditores está em greve, de acordo com as estimativas do sindicato. Os responsáveis pela fiscalização aduaneira não pode interromper o trabalho e, por isso, a mobilização deles é fazer uma operação padrão. Isso implica demora maior para liberar cargas.>
A primeira reunião entre os representantes dos auditores da Receita e o MGI (Ministério da Gestão e Inovação) desde o início da greve da categoria terminou no dia 14 de maio sem acordo, e mobilização permaneceu.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta