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Seja dono do seu próprio negócio a partir de R$ 25

Seja dono do seu próprio negócio a partir de R$ 25

Modelo de trabalho por conta própria deve crescer em 2018

Publicado em 4 de março de 2018 às 22:37

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Samara e Ramon começaram a vender produtos de beleza, mas pensam em abrir uma loja. (Carlos Alberto Silva)

Para fugir das limitações de ser um empregado e ter mais liberdade para inovar, o casal de namorados Ramon Bisi, 24 anos, e Samara Ellen, 21 anos, abriram seu próprio negócio em janeiro deste ano. Com um investimento baixo, eles começaram a revender cosméticos e divulgar nas redes sociais e já fazem sucesso.

“Embora a gente tenha outro emprego e estude, o negócio se tornou a nossa paixão e, com todo o esforço que temos feito, o retorno está sendo excelente e os números já estão superando as expectativas”, conta Samara, ressaltando que apesar de o negócio, neste início, possuir o objetivo de ser uma renda extra, no futuro a meta é abrir um loja física.

“É uma área promissora que está em crescimento e tem muitas vertentes para se trabalhar”, complementa Ramon.

Assim como o casal que criou a Brilhar Cosméticos, milhares de capixabas estão entrando na onda do empreendedorismo e criando um negócio para chamar de seu. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, o número de trabalhadores por conta própria no Espírito Santo saltou de 423 mil em 2016 para 471 mil no final do ano passado, um crescimento de 12%.

Seja como trabalhador autônomo ou microempreendedor, as possibilidades de negócio são inúmeras e nem sempre demandam um gasto inicial tão alto. Para ajudar nesse missão, A GAZETA reuniu várias ideias para trabalhar por conta própria com um investimento baixo, com valores a partir de R$ 25, ou até mesmo usando produtos que têm em casa com criatividade e inovação.

As dicas vão desde passeador de cães, venda de bolos e comida congelada, motorista de aplicativo, revenda de cosméticos, artesanato, reparador e até freelancer em designer e edição de vídeos. Segundo a analista do Sebrae-ES, Jéssika Tristão, essas áreas apontam como uma tendência no mercado atualmente. Ela explica que a primeira orientação para quem deseja empreender é buscar algo de que goste.

“A gente orienta que a pessoa busque fazer uma atividade, produto ou serviço que já conheça e gosta de trabalhar, porque isso já é um passo e tanto para começar. Depois, é preciso planejar, identificar se há público para isso, pensar as estratégias, no seu diferencial. Muitas vezes, já dá pra começar com o que tem em casa, e fazer a primeira remessa, e depois ir ampliando isso e se ajustando com relação ao preço”, afirma.

Para o consultor empresarial João Luiz Borges de Araújo, diretor da Idea Consultoria, uma boa saída é pensar em negócios que atinjam um nicho específico de público. “Pode-se fazer produtos para quem é sensível a lactose, a glúten, para os veganos, para quem gosta de doces gourmet. Tem público para tudo”.

Ele elenca três pontos fundamentais para quem quer ser seu próprio, sobretudo nessas áreas. “O primeiro é ter controle financeiro, depois pensando na qualidade e no diferencial do produto e, por fim, ter uma boa divulgação, que seja de fato atrativa”, ressalta.

TRABALHE POR CONTA PRÓPRIA INVESTINDO POUCO

 

Passeador de cães

Com cerca de R$ 25, já é possível comprar sacolas plásticas e uma coleira para passear com cães. O diferencial, nesse trabalho, é preciso apostar em uma boa divulgação nas redes sociais.

Venda de bolos e doces

Com uma compra de produtos de cerca de R$ 50 ou usando ingredientes que têm em casa, já se pode produzir bolos e doces com objetivo de vender. Também conta uma boa propaganda.

Revenda de cosméticos

Com investimento apenas em divulgação, é possível revender cosméticos, perfumes, bijuterias e maquiagens para grandes marcas, que oferecem percentuais nas vendas, que giram em torno de 30%.

Motorista de aplicativo

Tendo carro e carteira de motorista, uma opção é trabalhar como motorista de aplicativos de transporte particular, que também repassam percentuais sob cada corrida realizada.

Cestas comemorativas

Com menos de R$ 100 já dá para montar as primeiras cestas comemorativas, que são boas opções de presente em aniversário ou datas como Páscoa, dia das mães, dia dos namorados etc.

Decoração de festas

Pesquisando para encontrar preços baixos, quem quer entrar no ramo da decoração pode investir pouco para comprar enfeites e artigos de festa.

Comida congelada

Com potes de alumínio ou de plástico e usando até mesmo ingredientes que se têm em casa para começar, o empreendedor pode começar a produzir e vender comida congelada para fora. Adquirir um congelador também é um investimento necessário para dar vazão ao negócio.

Artesanato

Com produtos naturais e artigos de baixo custo já é possível produzir artesanato para vender.

Comida em domicílio

Investindo em potes e sacolas para delivery e possuindo um meio de transporte, como uma moto, já dá para começar a produzir comida para entrega em casa, que é uma tendência do momento.

Food bike

Customizar sua bicicleta e apostar em produtos diferenciados também é um opção. Acoplar cestas e um guarda-sol na bike já são um bom começo.

Faz tudo/reparador

Quem entende de reparos hidráulicos e elétricos basta investir em ferramentas e uma boa divulgação para começar a ter seu próprio negócio. Esse é um mercado que sempre tem clientes.

Freelancer

Investindo em divulgação e possuindo conhecimento, uma boa opção são trabalhos freelancers em designer, escritor, marketing, fotógrafo, edição de vídeos, entre outros.

Fontes: Sebrae-ES e fontes ouvidas.

TRIBUTAÇÃO TEM FORMAS DISTINTAS

Quem quer ter seu próprio negócio precisa pensar na parte tributária para poder se organizar e emitir a nota fiscal. Atualmente, são basicamente duas opções que funcionam para quem vai trabalhar nesse sistema de prestação de serviços.

A primeira delas é ser um autônomo, que não precisa ter uma empresa, e a nota fiscal pode ser emitida como Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA). A outra é abrir uma empresa, que pode ser enquadrada como Microempreendedor Individual (MEI) ou Simples Nacional, este destinado às microempresas e empresas de pequeno porte. Há, ainda, como meio de regularização, a licença municipal para o autônomo, que é concedida pela prefeitura para quem trabalha na rua.

Entre as opções, o consultor empresarial João Luiz Borges de Araújo destaca o MEI como a melhor alternativa. “De longe é o que é mais vantajoso. Porque além de emitir a nota, você tem uma tributação simplificada e a contribuição ao INSS embutida, que é uma cobertura extremamente necessária”, ressalta.

Tempo

Além de pensar a tributação e a parte trabalhista, esses trabalhadores devem se atentar para o gerenciamento do tempo e das finanças. Segundo João, para isso são fundamentais duas palavras: foco e disciplina.

“A pessoa que trabalha por conta própria, sobretudo em casa, deve fugir das distrações e criar um tempo e um espaço para se dedicar àquela atividade. O controle financeiro também é crucial, equilibrando receitas e despesas. Tudo isso é ter foco e disciplina”, afirma.

A analista do Sebrae-ES, Jéssika Tristão, lembra ainda da importância de separar as contas. “Diferenciar as finanças domésticas das do negócio é importante, senão é impossível saber quanto você está ganhando e se o negócio é lucrativo”, destaca.

AS OPÇÕES

Mei

Microempreendedores Individuais (MEIs) podem emitir nota através do próprio sistema, já que possuem CNPJ. Esses empreendedores não podem ter faturamento superior a R$ 6,75 mil por mês.

Credenciado

Procurar a prefeitura do seu município e se regularizar como autônomo atuante em determinada área é uma boa opção. Em alguns casos, é gratuito; já em outros, é preciso pagar uma taxa de anuidade.

Rpa

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Autônomos podem emitir nota fiscal e serem tributados pelo Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA). O documento padrão é facilmante encontrado em papelarias ou na internet, basta baixar e preencher.

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