A proposta de reforma da Previdência apresentada na quarta-feira (20) pelo governo federal ao Congresso Nacional é considerada positiva por especialistas ouvidos pelo Gazeta Online. Entre os pontos considerados acertados está uma maior equiparação entre os benefícios dos trabalhadores dos setores público e privado.
O texto, que entre outros tópicos prevê idade mínima para se aposentar de 65 anos para homens e 62 para mulheres, será analisado pelos congressistas e pode passar por alterações antes da aprovação. Confira a análise de economistas.
CORREÇÃO DE DISTORÇÕES
Eduardo Araújo*
Houve um avanço no sentido de tentar embalar um pouco os benefícios dos servidores do regime privado com o do regime público. Nesse sentido, a proposta foi positiva para tentar aliviar um pouco essas distorções.
No entanto há pontos que precisam ser discutidos, como o que reduz o benefício de prestação continuada à idosos em situação de pobreza.
A reforma é realmente necessária, e precisamos certamente corrigir o déficit da Previdência, mas precisamos avaliar muito bem quando pensamos em categorias da sociedade que são mais sensíveis. O texto deve sofrer ainda muitos ajustes até a votação, mas existe uma argumentação muito forte para que seja aprovada.
* O autor é economista
PENSANDO NO FUTURO
Fernando Galdi*
É uma proposta de reforma interessante, que precisa ser feita. É dura para todos os trabalhadores e onde todos os grupos terão que contribuir. Os que terão que abrir mão de mais benefícios são aqueles que estão no topo da renda. Vai haver muita discussão e essa proposta certamente sofrerá algumas alterações.
Eu espero que as mudanças não sejam feitas para atender determinados grupos em detrimento de outros. Espero que nossos parlamentares, se alterarem o texto, estejam pensando no futuro do Brasil e não no futuro de um grupo ou corporação específica que esteja fazendo pressão. Seria muito ruim se o texto perdesse sua essência e não gerasse o impacto esperado que é reversão do déficit da Previdência.
* O autor é professor da Fucape
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