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Profissões em alta no ES pagam até R$ 25 mil

Profissões em alta no ES pagam até R$ 25 mil

Mercado de trabalho valoriza quem está bem qualificado

Publicado em 30 de setembro de 2018 às 01:08

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Assim como o mercado de trabalho passa por uma constante transformação, as profissões acompanharam esta tendência e passaram a exigir uma qualificação ainda maior. E se a empresa não encontra um colaborador no mercado para preencher uma determinada vaga, o passe do profissional qualificado fica ainda maior.

. (Pixabay)

No Estado, quem consegue se destacar na posição em que atua e em áreas com demandas, mas onde ainda faltam profissionais gabaritados, pode ganhar um salário de até R$ 25 mil, como é o caso de vendedor de granito e engenheiro em várias especialidades e dependendo do cargo que ocupa.

Já um gerente de Recursos Humanos pode ter ganhos de até R$ 22 mil, enquanto um gerente de controladoria, R$ 15 mil, e analista de sistemas, R$ 12 mil. Isso sem contar os cargos técnicos, como os de automação industrial e de drone, que podem render mais de R$ 3 mil mensais.

É bom lembrar que a variação salarial está diretamente ligada ao ramo de atuação, à qualificação e à experiência de mercado. No caso dos engenheiros´, o salário varia de R$ 4 mil, no início da carreira, mas pode chegar a R$ 25 mil, conforme o ramos de atuação e especialização.

Já os dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, apontam as profissões de engenharia mecânica, analista de sistemas e engenharia elétrica como as que oferecem a maior remuneração no Espírito Santo.

As empresas não se importam de pagar salários diferenciados para profissionais capazes de fazer entregas extraordinárias, maiores do que as especificadas em seu contrato de trabalho. De acordo com a psicóloga Martha Zouain, para estes colaboradores, pagar salários melhores é visto pelas companhias como investimento e não custo.

“Conseguir um bom emprego com uma boa remuneração é o primeiro passo de uma jornada onde o profissional deverá, de maneira incansável, continuar buscando conhecimento e a compreensão de que habilidades e competências deverão desenvolver para alavancar seus resultados. Algumas já são bastante desejadas pelo mercado, como trabalho em equipe, jogo de cintura/flexibilidade, comunicação, responsabilidade por resultados e inteligência emocional”, frisa.

Além de adquirir conhecimentos, o trabalhador precisa estar antenado para o que acontece no mercado, no ramo de atuação, e para que caminho a profissão dele está indo. “Somos um produto e quem atribui o preço é quem o recebe. O passe vai aumentar para quem investiu, teve experiências e estudou, por exemplo”, afirma a psicóloga Jaciara Pinheiro.

O estudante do 8º período de Engenharia Elétrica, Rafael Batista Santos, 23 anos, quer investir na carreira automobilística. Segundo ele, os projetos da faculdade, a remuneração e as possibilidades de carreira foram determinantes para sua escolha.

“Quero me especializar na área de automobilística, mas para conseguir boas oportunidades vou precisar buscar em outros Estados ou até fora do país. A faculdade conta com um projeto onde participamos de competições mensais em todo o país. Optei por escolher um curso que eu gosto e com boa remuneração. Quis unir o útil ao agradável”, comenta.

CONFIRA AS PROFISSÕES MAIS BEM PAGAS NO ESTADO

Segundo especialistas

Engenheiro

Pode ganhar de R$ 4 mil a R$ 25 mil (sênior), de acordo com o ramo de atuação. Em engenharia mecânica e ambiental, pode chegar a receber salário entre R$ 6 mil e R$ 9 mil, enquanto que engenheiro de petróleo ganha até R$ 10.500.

Vendedor de granito

De R$ 7 mil a R$ 25 mil

Gerente de RH

De R$ 5 mil a R$ 22 mil

Gerente de controladoria

De R$ 7 mil a R$ 15 mil

Analista de sistemas

R$ 12 mil

Geólogo

Até R$ 8 mil

Técnico mecânico

De R$ 3 mil a R$ 5 mil

Técnico em automação

Até R$ 5 mil

Administrador

R$ 5.500

Economista

R$ 4.500

Técnico Mecânico

R$ 2.249

Técnico Eletrotécnico

R$ 3.546

Piloto de Drone

R$ 6 mil

Técnico em Drone

R$ 3 mil

Dados do Caged

Engenharia Mecânica

R$ 9.245,20

Sistema de Informação

R$ 8.206,57

Engenharia Elétrica

R$ 8,140,39

Engenharia de Produção

R$ 7,870,96

Engenharia Química

R$ 7,832,92

Engenharia Eletrônica

R$ 7,552,11

Engenharia Civil

R$ 7,465,51

Geologia

R$ 7,345,90

Eng. da Computação

R$ 6.939,40

Agronomia

R$ 6.874, 74

Téc. em eletrotécnica

R$ 3.546

MERCADO QUER PROFISSIONAIS QUE PENSEM DIFERENTE

O momento atual requer que o profissional pense em novas formas de produzir além dos modos tradicionais de trabalho, como ser funcionário de carteira assinada ou um empreendedor. Por conta disso, alguns especialistas de Recursos Humanos já usam o termo “trabalhabilidade” ao invés de empregabilidade.

Como nos últimos anos houve redução de postos fixos de trabalho e acirramento na procura por vagas, agora o mais importante é que o profissional encontre maneiras de manter-se vivo no mercado, e se destaque. Segundo a psicóloga Fernanda Carvalho, a preocupação deve ser não apenas em ter um emprego, mas sim de possuir um trabalho.

“Trabalho é algo muito mais sólido e duradouro do que um emprego, que é algo temporário. É por isso que os indivíduos devem se preocupar mais com sua trabalhabilidade do que empregabilidade. Em resumo, a trabalhabilidade é uma preocupação em produzir e gerar renda, buscando formas alternativas de alcançar seus objetivos profissionais. Por isso que tenho falado sobre a importância de desenvolver habilidades empreendedoras, em todas as áreas, e realmente ser o protagonista da sua carreira para que não se fique para trás”, afirma.

Paixão

Trabalhar por paixão, com foco nos resultados e com metas muito bem definidas são os grandes motivadores da carreira de Matheus Vigna. Ele é diretor comercial de uma empresa exportadora do setor de rochas ornamentais. Para ele, o mais importante é ver o impacto de seu trabalho na vida das pessoas, mais do que a remuneração.

“Nunca trabalhei por dinheiro. Sempre tive metas muito bem definidas. Um profissional de sucesso precisa se entregar de corpo e alma às suas atividades”, destaca.

ANÁLISE

MERCADO QUER PROFISSIONAL POLIVALENTE

O profissional que está em uma empresa e quer ganhar mais precisa mostrar que faz a diferença e que consegue agregar valor dentro do cargo que ele ocupa. O mercado mudou nos últimos anos e passou a exigir pessoas que sejam polivalentes, com perfil de liderança, independentemente se ocupa um cargo alto, com foco nos resultados e altamente produtivas. Um colaborador não pode se limitar a fazer apenas uma tarefa. Ele precisa ter a visão de um todo, conhecimento do negócio e capacidade de ajudar a solucionar problemas. O profissional dedicado e polivalente terá muitas oportunidades de crescimento.

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Sidcley Gabriel da Silva, diretor executivo financeiro da ABRH-ES

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