Diferentemente do Projeto de Lei nº 6.299/2002, que pretende facilitar o licenciamento de agrotóxicos, os produtores capixabas querem tornar suas produções cada vez mais livres desses produtos. Milhares de agricultores capixabas querem deixar para trás a marca de um dos maiores consumidores de agrotóxicos do país.
Segundo dados do Atlas: Geografia e Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Européia, em todo o Estado 34,9 mil propriedades rurais usam o defensivo, o que representa 41,38% das propriedades.
Em média, por ano, de 2012 a 2014, o Espírito Santo utilizou 6,7 mil toneladas de agrotóxicos. Sendo que, a cada hectare de plantio, foram usados 2,66 quilos.
Segundo o presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar (CAF) de Cachoeiro de Itapemirim, Marcos Souza, essa realidade está mudando. Dos 143 cooperados, oito já são produtores orgânicos certificados e 30 estão mudando seu plantio para o sistema agroecológico. Queremos uma produção cada vez mais limpa e sem agrotóxicos, disse.
Já na Cooperativa da Agricultura Familiar de Cariacica (CAFC), 15 dos 60 cooperados têm selo verde e mais 20 estão trabalhando para conseguir o documento. Hoje, 60% da produção da cooperativa são orgânicas. Queremos, nos próximos 3 anos, chegar a 100%, conta o presidente da CAFC, Davi Barcelos.
Um exemplo da demanda e do mercado que existe para esses produtos mais saudáveis é o número de feiras orgânicas e agroecológicas na Grande Vitória, que já são quase 20.
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