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Petrobras dá início a fase vinculante de venda da refinaria de Pasadena

Petrobras dá início a fase vinculante de venda da refinaria de Pasadena

Estopim da Lava Jato, compra da refinaria pela estatal chamou a atenção da Polícia Federal porque o valor pago inicialmente apenas pela metade do ativo

Publicado em 4 de maio de 2018 às 14:20

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Prédio da Petrobras. (Divulgação)

A Petrobras deu início à fase vinculante de venda das ações detidas na Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. As ações a serem vendidas são da subsidiária Petrobras America Inc (PAI) nas empresas que compõem o sistema de refino nessa unidade.

Na fase vinculante, os interessados habilitados na fase anterior receberão cartas-convite com instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para due diligence e o envio das propostas vinculantes.

A compra de Pasadena pela estatal, estopim da Operação Lava Jato, chamou a atenção da Polícia Federal porque o valor pago inicialmente apenas pela metade do ativo, US$ 360 milhões, foi muito superior aos US$ 42,5 milhões que a belga Astra Oil tinha desembolsado pouco antes pela totalidade da mesma unidade. O ex-diretor Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, em delação premiada, admitiu desvio de recurso no investimento.

Agora, entre os ativos colocados à venda pela Petrobras estão a refinaria de 110 mil barris por dia e capacidade de armazenamento de 5,1 milhões de barris de petróleo e derivados, o terminal marítimo, a logística e os estoques associados, “além de um terreno estrategicamente localizado no canal marítimo de acesso a Houston (Houston Ship Channel), para oportunidades de expansão futura”, informou a estatal.

A operação é conduzida pela subsidiária Petrobras America Inc (PAI). Segundo o documento, a empresa contratou o banco Evercore para conduzir o processo de venda “junto a um seleto grupo de partes potencialmente interessadas”.

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Para participar da concorrência, o valor de mercado da empresa interessada, seu patrimônio líquido e a soma dos seus ativos ou de sua “empresa-mãe” devem ser igual ou superior a US$ 500 milhões. Além disso, a relação dívida líquida/Ebitda deve ser menor que 5 vezes, indica o documento divulgado ontem. Os interessados devem ainda já ter participado de negócios no setor e, no caso de comercializadoras de derivados, devem ter investido pelo menos uma vez no setor de petróleo e gás nos últimos 10 anos.

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