Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 10:32
A partir desta semana, os bancos aplicam o novo teto do consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no empréstimo para aposentados e pensionistas.>
O CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) decidiu aumentar de 1,66% para 1,80% ao mês o limite dos juros que podem ser cobrados nas parcelas dos empréstimos consignados em folha. No caso do cartão de crédito consignado e do cartão de benefício, a taxa foi mantida em 2,46%.>
A decisão acolheu o pedido do sistema financeiro e considerou a Selic (taxa básica de juros) e os dados apurados pelo INSS e pela Dataprev (empresa de tecnologia da Previdência) para compor o custo do empréstimo consignado.>
O consignado é um empréstimo praticamente sem risco de inadimplência, já que as prestações são descontadas automaticamente do benefício previdenciário.>
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Hoje, 78 instituições financeiras conveniadas operam a modalidade. Todas têm liberdade para definir suas próprias taxas de juros até o limite estabelecido pelo governo. O segurado pode conferir no Meu INSS as taxas de juros praticadas por todos os bancos. Veja mais informações ao longo deste texto.>
Desde agosto de 2023, as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre a Selic têm sido utilizadas pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) como referência para definir as taxas do teto de juros nas operações de crédito consignado.>
"A mesma metodologia que justificou a redução do teto da taxa de juros no crédito consignado está sendo aplicada para o aumento da taxa, assegurando consistência e transparência nas decisões", afirmou o Ministério da Previdência Social, em nota.>
Segundo a pasta, a taxa de 1,80% ao mês, significa 23,87% ao ano e, portanto, 11,62% acima da atual taxa Selic (12,25% ao ano).>
Dados do Banco Central mostram que o consignado do INSS opera mais de R$ 268 bilhões (40% do total do saldo do consignado (considerando consignados do setor público e privado).>
O órgão aponta ainda que, no período de 2015 a 2024, o crédito consignado operado pelo INSS teve um crescimento de 9%, enquanto as outras modalidades do consignado do setor público e privado tiveram redução de 7% e 2%, respectivamente.>
Destaque para a participação de pessoas com mais de 71 anos na obtenção de consignado do INSS no período 2020 a 2024, principalmente nos anos de 2023 e 2024.>
O empréstimo consignado do INSS é uma modalidade de crédito controlada pela Previdência Social, onde o pagamento das parcelas é descontado diretamente da folha de pagamento do beneficiário. De acordo com as regras atuais, o segurado do INSS pode comprometer até 45% do valor do benefício para essa modalidade de crédito.>
Desse total, 35% podem ser destinados ao empréstimo pessoal, 5% ao cartão de crédito consignado e 5% ao cartão de benefício.>
O prazo para pagamento do empréstimo pode ser de até 84 meses (sete anos), e os juros são limitados a uma taxa máxima de 1,80% ao mês, conforme regulamentação do governo. Isso significa que as instituições financeiras podem cobrar uma taxa menor, mas não superior ao valor estabelecido.>
Têm direito ao empréstimo consignado os aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS. O desconto das parcelas ocorre diretamente na folha de pagamento, mas deve ser autorizado pelo segurado de forma oficial.>
Para verificar se há empréstimos ativos, suspensos ou se o benefício está bloqueado para consignado, o segurado pode acessar o site ou app Meu INSS e consultar informações detalhadas, incluindo dados de contratos com bancos.>
Além disso, para saber qual é a margem consignável ou seja, o valor máximo que pode ser contratado o segurado pode acessar a opção "Extrato de Empréstimo" no portal.>
É importante estar atento e evitar golpes relacionados a essa modalidade de crédito, garantindo que todas as autorizações sejam feitas de forma segura e oficial.>
Além de consultar qual a taxa mais vantajosa antes de pegar o empréstimo, os segurados podem verificar em qual banco a taxa de juros está mais favorável e fazer a portabilidade do empréstimo.>
A partir deste ano, os benefícios deixam de ficar bloqueados para empréstimo no banco em que o segurado recebe a renda previdenciária. O segurado pode tomar crédito assim que passar a receber a aposentadoria ou pensão.>
Nas demais instituições financeiras, o benefício fica bloqueado por até 90 dias. O desbloqueio precisa ser feito pelo segurado por meio da Central Telefônica 135 ou pelo aplicativo ou site Meu INSS.>
Segundo o INSS, a medida tem como objetivo diminuir o assédio das financeiras aos aposentados.>
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