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Nova empresa de gás vai ampliar oferta e atrair novos negócios no ES

Nova empresa de gás vai ampliar oferta e atrair novos negócios no ES

Estatal deve impulsionar criação de empregos com queda da tarifa

Publicado em 12 de março de 2019 às 01:56

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Com o fim próximo de um dos maiores imbróglios jurídico-econômicos recentes do Espírito Santo – o da briga judicial sobre o contrato de concessão da distribuição de gás canalizado da BR Distribuidora que está sendo encerrada com a criação da estatal ES Gás –, a expectativa é que o Estado tenha um ganho de competitividade e na atração de empresas, com geração de mais empregos. Isso porque a nova companhia deve proporcionar uma redução na tarifa do insumo e ainda aumentar o número de municípios atendidos.

Segundo fontes de mercado e especialistas no setor, a estimativa é que companhia – que terá controle do Estado em sociedade com a BR Distribuidora –, consiga ter mais liberdade na aquisição do insumo, deixando de comprar apenas da Petrobras e, com isso, podendo importar gás com preços menores, e assim reduzir o custo do produto e, consequentemente, da tarifa cobrada.

“No primeiro momento, a criação tende a atender um anseio jurídico. Depois isso vai ganhar corpo, na medida em que a empresa tiver mais autonomia, para que se tenha uma tarifa melhor”, afirma um especialista, que prefere não se identificar, e que estima que essa possível redução futura do custo do preço do gás seja entre 15% e 20%, o que vai impactar a tarifa geral numa queda de cerca de 7%.

Outra fonte que acompanha o processo de criação da ES Gás ressalta que a premissa básica para a criação da empresa é, no futuro, gerar uma tarifa menor. “Há uma garantia de que no primeiro momento não haverá acréscimo no custo da margem de distribuição, que é a parte que compete à empresa, e que, em um segundo momento, com o aumento da demanda, de clientes, e de consumo, haverá uma redução dos custos e, assim, será possível queda na tarifa no médio e longo prazo”, diz.

Esse mesmo especialista pondera ainda que outro fator que deve proporcionar uma queda na tarifa futuramente é a volta das operações da Samarco, em Anchieta, mineradora que representava 30% do consumo de gás no Estado.

AMPLIAÇÃO

Especialistas afirmam que quanto mais rápido a estatal começar a funcionar é melhor. “Tem que ser ligeiro nesse processo. E agora depende basicamente de vontade do governo. Não pode demorar porque quanto mais tempo mais crítica fica a situação, porque a BR vai precisar fazer investimentos e, se fizer, todos os cálculos terão que ser refeitos”, disse um analista.

Uma das expectativas com a criação da empresa de gás é a ampliação do número de municípios atendidos com a distribuição de gás encanado (hoje são só 13). “Todo investimento para ampliar a malha precisa ser justificado, então tem que ter mercado que pague essa ampliação. Não pode ser por demanda política”, explica uma fonte do setor, que ressalta que primeiramente a expansão deve ser na Grande Vitória, em cidades como Guarapari, por exemplo, ampliando inicialmente para atender atividades de indústria e comércio.

ETAPAS

Há algumas semanas, uma audiência entre representantes do governo do Estado e da BR Distribuidora foi realizada no Tribunal de Justiça para discutir detalhes finais do acordo e, ao que tudo indica, foi a última negociação. Agora, as propostas do Estado precisam passar pelo crivo do conselho da BR para o acordo seja definitivamente homologado a empresa possa ser criada.

Superada essa fase, ainda será precisa definir pontos como o estatuto social da estatal e a composição da diretoria. Segundo fontes, a expectativa é que até o meio do ano a ES Gás já tenha condições de estar operando.

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