Publicado em 23 de outubro de 2019 às 11:22
A viagem do presidente Jair Bolsonaro terminou sem um início formal das negociações de um acordo comercial entre o Mercosul e o Japão.>
O presidente informou, no entanto, que, em reunião bilateral nesta quarta-feira (23), o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, demonstrou interesse em aprofundar o assunto.>
Segundo Bolsonaro, a ideia é que um eventual acordo seja tratado em novembro, quando está programada uma viagem de Abe ao Brasil.>
"Nós demos mais um passo na questão do Mercosul. Há interesse por parte dele também [Shinzo Abe]", disse.>
>
Apesar da grande expectativa do governo brasileiro em anunciar um início de negociações nesta semana, o governo japonês demonstrou resistência em tratar do tema neste momento.>
Segundo negociadores ouvidos pela Folha, além da proposta ainda ser muito embrionária, o primeiro-ministro não quis fazer um aceno em meio à cerimônia de ascensão do novo imperador Naruhito, ocorrida na terça-feira (22).>
Antes de iniciar conversas, o governo japonês também espera um sinal mais concreto de que irá ser realmente efetivado o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia.>
O Japão começou a demonstrar interesse em formar um pacto em julho. Nos últimos anos, o fluxo comercial entre os mercados brasileiro e japonês sofreu um recuo, o que tem preocupado os dois países. >
Na reunião bilateral com o primeiro-ministro, Bolsonaro também pediu apoio ao Japão para o ingresso do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).>
"A questão da OCDE está favorável para o Brasil entrar. É uma operação demorada, dois ou três anos. Tem o apoio de peso que temos. Tudo está caminhando", disse o presidente.>
Após três dias de viagem, Bolsonaro partirá do Japão na noite desta quarta-feira (23) com destino à China. Na sequência, visitará Emirados Árabes, Qatar e Arábia Saudita.>
Nos demais países, o foco será melhorar a relação comercial com as nações asiáticas e aumentar o comércio de proteína animal.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta