Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 02:08
A inflação no Espírito Santo subiu 0,28% em janeiro puxada pela alta nos preços dos alimentos. No Brasil, a variação no período foi de 0,32%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).>
Segundo a pesquisa, o grupo de alimentos e bebidas registrou alta de 1,15% no Espírito Santo. A maior variação foi registrada entre as hortaliças e verduras que ficaram 7,56% mais caras , e as frutas que encareceram 7,23%.>
No Estado, os vilões do preço foram o repolho, com aumento de 29,67%; a cenoura, com 23,61%; a manga, com 22,25%; e a batata-inglesa, com 21,48%. Já a redução mais significativa ficou com o tomate, que caiu 12,69%.>
Para o economista Antônio Marcus Machado, o aumento registrado no Estado, bem próximo da média nacional, é previsível para esta época do ano. Já sobre os alimentos que ficaram mais caros, ele destaca a lei da oferta e da procura. >
>
Nós estamos no verão e as pessoas buscam uma alimentação mais leve e saudável. Com isso, aumenta a procura pelas hortaliças, frutas e verduras. Como a procura aumenta, mas a produção permanece estável, o preço tende a subir, como vimos no estudo.>
O item classificado como despesas pessoais também teve um aumento significativo: 0,72%. Nesse contexto, a recreação foi a vilã dos preços, com um aumento de 1,86% em janeiro.>
Se os alimentos e as despesas pessoais puxaram a alta nos preços, o vestuário jogou a favor dos consumidores, reduzindo os preços em 1,36%. A maior queda foi em calçados e acessórios (-1,87%), mas as roupas femininas (-1,7%) e as infantis (-1,5%) também contribuíram para segurar os preços.>
O economista Arlindo Villaschi Filho alerta que a inflação já não assusta no Brasil, mas que devemos ficar atentos com a deflação, que é quando há queda dos preços. A deflação preocupa mais. O vestuário, que teve queda, é um setor fundamental para a economia de vários municípios. Se tem deflação, diminui a rentabilidade, reduz a possibilidade de contratação e faz a roda da economia parar de girar, comentou.>
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados pelo IBGE no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019 com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018.>
NACIONAL>
Em todo o Brasil, os alimentos e bebidas subiram 0,9%. A segunda maior alta ficou com despesas pessoais (0,61%). Juntos, os dois grupos responderam por cerca de 90% do índice do mês.>
Nos Transportes, após a deflação de 0,54% registrada em dezembro, observou-se leve alta em janeiro, de 0,02%. Embora os combustíveis (-2,09%) tenham caído pelo terceiro mês consecutivo, essa queda foi menos intensa que a do mês anterior (-4,25%).>
VARIAÇÃO >
Principais aumentos>
Repolho: 29,67%>
Cenoura: 23,61%>
Manga: 22,25%>
Batata-inglesa: 21,48%>
Feijão-carioca: 20,30%>
Banana-prata: 17,99%>
Mamão: 10,28%>
Cebola: 9,08%>
Uva: 8,15%>
Maçã: 7,01%>
Couve: 6,6%>
Peixe pescada: 6,03%>
Principais quedas>
Tomate: 12,69%>
Peixe peroá: 6,12%>
Ovo de galinha: 3,73%>
Assinatura de jornal: 3,62%>
Blusa: 3,56%>
Músculo: 3,44%>
Tangerina: 3,29%>
Energia elétrica: 2,97%>
Artigos de papelaria: 2,81%>
Areia: 2,79%>
Banana-da-terra: 2,73%>
Sapato masculino: 2,69%>
>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta