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Governo quer barrar reajustes para servidores em entes que gastam muito com folha

Governo quer barrar reajustes para servidores em entes que gastam muito com folha

Paulo Guedes estuda travar reajustes de funcionários públicos em entes federativos que gastem mais de 80% da receita com folha de pagamento

Publicado em 10 de outubro de 2019 às 21:14

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O ministro da Economia, Paulo Guedes. (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo federal estuda travar reajustes de funcionários públicos em entes federativos que gastem mais de 80% da receita com a folha de pagamento. A ideia incluir isso na proposta de reforma administrativa que está sendo elaborada para enviar ao Congresso.

Ele afirmou que os servidores públicos tiveram reajustes de salário acima da inflação nos últimos anos. "Tiveram tanto aumento, está na hora de dar uma descansadinha", declarou.

"Enquanto o Brasil afundava, o salário do servidor público estava subindo. Foram 50% de aumento real em dez anos. Tudo isso porque a máquina gasta muito e gasta mal porque gasta consigo mesma, com privilégios, aposentadorias", afirmou Guedes.

"Será que é hora de travar os salários por um ou dois anos? Estamos redesenhando isso em uma reforma administrativa e vamos mudar o plano de carreira", afirmou.

"E se [algum ente federativo] estiver quebrando alguma regra de responsabilidade fiscal? O que acontece? Será que trava os salários durante um ou dois anos até se reenquadrar quem já está gastando 80%, 90% de tudo o que recebe? Será que é hora então de disparar algum gatilho que trava esses salários por um ou dois anos até ele começar a explicar o que ele está fazendo?", questionou o ministro.

O gasto público, de acordo com Guedes, minou a capacidade de investimento do país.

"O Brasil já investiu 25% do PIB e isso foi caindo. Hoje setor público investe 1,5% do PIB porque gasta muito e mal", comentou.

O ministro disse ainda que, enquanto a economia mundial está desacelerando, o Brasil entra, provavelmente, em um longo ciclo de crescimento.

"Estamos com o crescimento subindo, a inflação descendo e retomando provavelmente agora um longo ciclo de crescimento. Num momento em que o mundo sincronizadamente desacelera, entrando em uma clínica de reabilitação após um período de excessos, o Brasil está saindo da clínica de reabilitação", afirmou Guedes, durante a abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2019.

Segundo o ministro da Economia, trata-se de um crescimento em bases sustentáveis e não um "voo de galinha". Ele afirmou também que o governo federal já atingiu a meta de privatizações, de US$ 20 bilhões, para este ano.

A uma plateia de investidores brasileiros e de outros países, o ministro afirmou que o governo federal tem o apoio do Congresso para fazer suas reformas, mas um apoio em nova bases, bases temáticas.

Ele destacou como próximos passos as votações do pacto federativo e a reforma tributária.

De acordo com Guedes, depois de quatro décadas de economia fechada, impostos elevados, o presidente Jair Bolsonaro "começou a revolução em relação ao que há de melhor no mundo ocidental."

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Ele afirma que "o presidente determinou desde o início uma aproximação com países que dão certo no mundo" como Estados Unidos, Canadá, Japão e Coreia do Sul.

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