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Governo prevê R$ 28,6 bi em investimentos em 2021, 56% a mais que em 2020

Governo prevê R$ 28,6 bi em investimentos em 2021, 56% a mais que em 2020

Aumento dos investimentos no ano que vem resultará em menos recursos para as despesas livres do governo, ou seja, não obrigatórias, chamadas de "discricionárias"

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 21:31

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O governo federal informou nesta segunda-feira (31) que a previsão de investimentos em 2021 é de R$ 28,665 bilhões. O valor representa 56% a mais que o previsto para 2020, de R$ 18,285 bilhões.

Construção civil
Orçamento não traz a definição de quanto será destinado ao Pró-Brasil, programa de obras do governo. (Jcomp/ Freepik)

A informação consta da proposta orçamentária do ano que vem, apresentada nesta segunda. Agora, caberá ao Poder Legislativo discutir e votar o orçamento do ano que vem.

O aumento dos investimentos no ano que vem resultará em menos recursos para as despesas livres do governo, ou seja, não obrigatórias, chamadas de "discricionárias". Sem contar a capitalização de estatais, esse valor será de R$ 63,387 bilhões no ano que vem.

De acordo com o secretário de Orçamento Federal do Ministério da Economia, George Soares, a previsão para os gastos livres foi feita para garantir, "dentro da regra do jogo" do teto de gastos, o ajuste "paulatino" das contas públicas.

A emenda constitucional do teto de gastos foi promulgada em 2016 e vale por 20 anos. Limita o crescimento dos gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) à inflação do ano anterior.

"A lógica do teto é termos uma situação fiscal muito deficitária, e ele permite que esse ajuste se faça ao longo do tempo, de modo que os órgãos consigam se ajustar. Os órgãos já sabem que é isso que vão ter que contar para o ano que vem [valores autorizados], e têm de fazer sua programação contando com esse espaço", disse Soares.

O secretário observou que, com a pandemia do novo coronavírus, houve uma economia "razoável" de recursos com o aumento do teletrabalho, por exemplo, que diminuiu despesas correntes e gastos com diárias, e passagens. "Se percebeu que é possível ser feito. Há espaço para melhorar esses pontos e diminuir despesas", concluiu.

Questionado, Soares afirmou que o Orçamento não traz a definição de quanto será destinado ao Pró-Brasil, programa pensado pelo governo para acelerar gastos em obras.

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Os investimentos previstos são classificados como projetos (R$ 11,6 bilhões), atividades (R$ 9,2 bilhões) e operações especiais (R$ 7,8 bilhões).

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