Publicado em 2 de setembro de 2019 às 20:51
O governo do Estado vai desembolsar R$ 9,2 bilhões para cobrir o rombo da Previdência estadual com o pagamento de aposentados e pensionistas nos próximos quatro anos. A previsão de aporte ao regime próprio está no Plano Plurianual (PPA), relativo ao período 2020-2023, apresentado nesta segunda-feira (2) pelo secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc. O déficit estimado é maior do que o volume de investimentos que o Executivo fará com recursos próprios no mesmo período.>
Os valores correspondem a 12,42% do total de recursos previstos pelo Estado, que é de R$ 74,420 bilhões. Em comparação a outras pastas do governo, o rombo previdenciário estadual corresponde a 81% das despesas das secretarias de Saúde (R$ 11,3 bilhões) e 91% da Educação (R$ 10,114 bilhões).>
O montante também é mais que o dobro do previsto para a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), que é de R$ 4,025 bilhões, e mais que o triplo do que deve receber a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) - R$ 2,517 bilhões.>
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Somente com servidores inativos e pensionistas do Poder Executivo o aporte gasto será de R$ 8,502 bilhões. Para os demais Poderes, o custo da Previdência estadual será de R$ 741 milhões.>
São R$ 296 milhões para os aposentados e inativos do Tribunal de Justiça terá e R$ 180 milhões para o Ministério Público do Espírito Santo, seguido pela Assembleia Legislativa com um aporte de R$ 106 milhões. Já no Tribunal de Contas o gasto será de R$ 101 milhões e na Defensoria Pública R$ 58 milhões.>
REFORMA DA PREVIDÊNCIA>
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela que vai incluir Estados e municípios na reforma da Previdência deve ser votada ainda este ano. Para isso, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fecharam um acordo sobre a proposta que foi desmembrada do texto original da reforma.>
Pela PEC, Estados e municípios poderão incluir seus servidores nas novas regras de aposentadoria dos funcionários da União por intermédio da aprovação de projetos nas assembleias legislativas estaduais.>
Alcolumbre prometeu encurtar prazos no Senado para aprovar a PEC até o fim de novembro - quando ela será encaminhada à Câmara dos Deputados.>
Maia, por sua vez, admitiu que o prazo é apertado, mas disse acreditar na possibilidade de a Câmara aprovar a PEC até fim dos trabalhos do Legislativo. O acordo foi fechado em uma reunião da casa de Maia, da qual participou também o relator da reforma do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE).>
O relatório da reforma da Previdência, elaborado por Tasso, foi dividido em duas partes, uma que preserva a espinha dorsal do texto já aprovado pela Câmara dos Deputados, com algumas supressões, e outra que faz modificações na PEC paralela. O parecer deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na próxima quarta-feira (4).>
A previsão é que a votação do relatório no plenário do Senado seja concluída até o dia 10 de outubro. Nesta etapa, a PEC paralela é destacada do texto principal, retorna para a CCJ e depois volta novamente para o plenário do Senado.>
Se aprovada, seguirá para a Câmara dos Deputados, onde terá que passar por duas comissões e pelo plenário da Casa em dois turnos.>
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