Publicado em 31 de julho de 2019 às 00:25
Um possível acordo comercial do Brasil com os Estados Unidos, a maior economia do mundo, pode ter impactos positivos no Espírito Santo. Empresários capixabas acreditam que, além da chance de triplicar as vendas para aquele país, a indústria capixaba, assim como a brasileira, poderá aproveitar a tecnologia americana para se tornar mais inovadora.>
Outra vantagem será aproveitar o conhecimento dos EUA na área de infraestrutura para importar essa expertise com intuito de reduzir o déficit brasileiro nesse setor. Ontem, o presidente norte-americano Donald Trump, disse que tem interesse em ter um acordo de livre comércio com o Brasil.>
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado, Marcílio Machado, segmentos de vestuário, calçados e móveis, por exemplo, terão a possibilidade de entrar num novo mercado, destino, hoje, das tradicionais commodities brasileiras.>
Tudo vai depender se vamos ter qualidade nas nossas mercadorias, se vamos ter preços competitivos, se vamos conseguir aumentar a nossa produtividade e reduzir o custo de fabricação. Para isso, precisamos da reforma da Previdência e também de mudanças tributárias, opina ao acrescentar ainda que o Brasil é uma economia ainda muito fechada, sendo importante incluir as empresas capixabas nas cadeias globais. Porém temos que importar mais também, favorecendo o consumidor que poderá ter produto de qualidade e mais barato.>
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POTENCIAL>
Em 2018, o Espírito Santo exportou US$ 2,73 bilhões em produtos para os Estados Unidos. Neste ano, entre janeiro a junho, foram mais de US$ 1,26 bilhões em vendas, segundo dados do Ministério da Economia.>
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Léo de Castro, afirma que o Brasil tem avançado na busca por novos parceiros econômicos. É importante participarmos desses arranjos produtivos globais. A possibilidade de acordo sinaliza que estamos no caminho certo, de uma agenda de liberdade econômica, de reformas, de menos spreads bancários. Um conjunto de ações têm ocorrido para colocar o Brasil numa situação mais competitiva, disse ao destacar também que o país tem se aproximado da União Europeia e também do Japão.>
De acordo com Léo, um acordo com os Estados Unidos poderá favorecer o setor de aço que desde o ano passado teve as vendas restringidas.>
NEGOCIAÇÕES >
Em conversas com repórteres na Casa Branca, em Washington, Trump elogiou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Os detalhes das negociações não foram apresentados.>
Tenho um ótimo relacionamento com o Brasil. Tenho um relacionamento fantástico com o presidente. Ele é um grande cavalheiro. Acho que ele está fazendo um ótimo trabalho. Vamos trabalhar em um acordo de livre comércio com o Brasil. O Brasil é um grande parceiro comercial, disse.>
Bolsonaro e Trump já conversaram sobre a viabilidade de um acordo comercial entre o Mercosul e os Estados Unidos durante a cúpula do G-20 no Japão, no fim de junho.>
Hoje, Bolsonaro, os ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, reunem-se com o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, que se encontra no Brasil para promover um intercâmbio entre as duas nações. (Com informações da Agência O Globo)>
EMPRESÁRIO ENTREGAM PROPOSTA PARA ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO>
A Câmara Americana de Comércio (Amcham) entregou ontem ao secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, uma lista de propostas para melhorar a relação comercial com o país. Entre elas está um acordo de livre-comércio gradual - inicialmente sem a discussão de tarifas -, um entendimento para por fim à dupla tributação de lucros, dividendos e royalties e um acordo de investimentos.>
Os empresários pedem proteção adicional aos fluxos de investimentos entre os dois países. Além disso, querem a participação do Brasil no programa Global Entry, que oferece facilidades para a entrada de executivos nos EUA.>
Na lista estão ainda medidas de facilitação de comércio para reduzir burocracias, custos e prazos no comércio bilateral. Há também propostas de cooperação regulatória, sobretudo em relação aos produtos com maior valor agregado; a negociação de regras comuns sobre barreiras não tarifárias; e a conversão do projeto sobre análise acelerada de patentes em acordo permanente.>
O governo brasileiro acredita que um acordo mais amplo que envolva tarifas e, portanto, todo o Mercosul tem plenas condições de ser negociado. A ideia, segundo fontes do governo, é ser mais ambicioso. (Agência Estado)>
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