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Em dia negativo no exterior, Bolsa fecha em baixa de 0,28%

Em dia negativo no exterior, Bolsa fecha em baixa de 0,28%

Ibovespa cedeu 0,28%, aos 99.054,06 pontos, entre mínima de 97.778,26 e máxima de 99.485,50 pontos, com giro financeiro a R$ 23,6 bilhões na sessão

Publicado em 15 de outubro de 2020 às 20:00

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Bolsa de valores
Bolsa de valores. (Pixabay)

Embora em leve baixa no fechamento da sessão, o Ibovespa conseguiu sustentar a linha de 99 mil pontos nesta quinta-feira, 15, negativa no exterior, permanecendo assim praticamente no maior nível desde 17 de setembro, à exceção de ontem. À espera do balanço da CSN, programado para depois do fechamento de hoje, o setor de siderurgia foi decisivo para limitar as perdas na B3, mesmo com Nova York no vermelho pelo terceiro dia seguido e queda perto ou acima de 2% nas principais bolsas da Europa. Aqui, o Ibovespa cedeu 0,28%, aos 99.054,06 pontos, entre mínima de 97.778,26 e máxima de 99.485,50 pontos, com giro financeiro a R$ 23,6 bilhões na sessão. Na semana, o índice sobe 1,61% e, no mês, 4,70%, limitando as perdas no ano a 14,35%.

Na ponta do Ibovespa, CSN avançou hoje 5,71%, pouco atrás de Usiminas (+6,06%), antes do primeiro balanço de peso do terceiro trimestre - fora de siderurgia, menção também a JBS (+4,28%), terceiro maior ganho do índice, após ter liderado o Ibovespa ontem. No lado oposto, PetroRio cedeu hoje 5,60%, Cogna, 3,45%, e Ambev, 2,61%. Entre as commodities, o dia também foi de ajuste negativo (Petrobras PN e ON -1,10%; Vale ON -0,84%), assim como para a maioria das ações de bancos, à exceção de BB ON (+0,68%), em um cenário ainda difícil para a rentabilidade das grandes instituições, cujas ações acumulam perdas entre 32,34% (Santander) e 39,64% (Banco do Brasil) em 2020.

No exterior, a cautela e aversão a risco se impuseram nesta semana com a progressão da segunda onda do coronavírus na Europa, que tem resultado em novas medidas restritivas em países como França, Reino Unido e Espanha, colocando em xeque a retomada econômica. "A própria Angela Merkel disse que a economia não aguenta um novo lockdown, então os países estão buscando restrições sociais, para evitar algo mais drástico", aponta Roberto Attuch, CEO da Omininvest. "Mas a eleição americana continua a ser o fator imediato de maior risco, especialmente se Trump vier a colocar em questão os votos pelo correio, atitude que pode exercer se aparecer à frente na noite da eleição, com os primeiros resultados", acrescenta.

"Este descolamento que temos visto na B3 talvez reflita um pouco mais de otimismo quanto ao equacionamento da questão fiscal, sobre como virá o Renda Cidadã para 2021, sem comprometer o equilíbrio fiscal e a trajetória da dívida", diz Attuch.

Na agenda doméstica, destaque nesta quinta-feira para o IBC-Br, em alta de 1,06% em agosto ante julho, bem abaixo da mediana das estimativas de mercado, de 1,70%, segundo o Projeções Broadcast. "Dá para olhar com otimismo para o IBC-Br, na medida em que houve revisões significativas, para cima, em meses anteriores, o que afetou o resultado de agosto", observa Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos. "Considerando a leitura de hoje com os dados recentes de varejo e serviços, temos um conjunto positivo" sobre a atividade, acrescenta o economista, que revisou ontem sua projeção para o PIB de 2020, para -5,3%, mantendo a de 2021 a +2,9%.

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