Publicado em 22 de março de 2018 às 14:16
O dólar comercial avança nesta quinta-feira refletindo as preocupações com o acirramento da disputa comercial entre Estados Unidos e China. A moeda americana subia 1,04% ante o real, cotada a R$ 3,301, seguido o movimento global do mercado de câmbio. Já o Ibovespa, principal índice de ações local, opera perto da estabilidade, com leve variação negativa de 0,15%, aos 84.850 pontos.
O presidente americano, Donaldo Trump, deve anunciou um conjunto de medidas protecionistas que devem ser direcionadas à China. O Ministério do Comércio chinês disse que irá defender os interesses do país asiático. Nesse contexto, as preocupações em torno de uma guerra comercial entre as maiores potências derrubam as bolsas internacionais e alavancam o dólar na cesta de moedas, explicou, em relatório, Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio.
As Bolsas no exterior também são afetadas pelo temor de uma guerra comercial. O Dow Jones opera em queda de 1,12% e o S&P 500 recua 0,86%. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, cai 1,62%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, tem desvalorização de 1,61%. O FTSE 100, de Londres, tem queda de 1,28%.
Essa disputa comercial mitigou o efeito da decisão do Federal Reserve (Fed, o bc americano) tomada ontem. O juro subiu 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 1,50% e 1,75% ao ano, mas a autoridade monetária americana sinalizou que serão feitos só mais dois cortes nesse ano, o que levou a um alívio nos mercados financeiros globais.
A decisão de juros no Brasil, com a Selic caindo para 6,5% ao ano, também teria efeito positivo sobre os negócios hoje, uma vez que o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou para um novo corte. No entanto, o cenário externo minou o efeito positivo do comunicado de ontem à noite.
No mercado acionário, os principais papéis operam em queda. Os preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras recuam 1,58%, cotados a R$ 21,70, e os ordinários (ONs, com direito a voto) caem 1,34%, cotados a R$ 23,44. No caso da Vale, o recuo é de 1,29%.
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